quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Top 5- Teenage

Quando completei 18 anos, achei que iria mudar o mundo... Achei que tudo iria mudar, que seria uma pessoa completamente diferente aos 19, com quase tudo que queria naquela infantil época.
Estava bem enganada, diga-se de passagem. Ainda bem.

Dentre tantas coisas que aconteceram de bom e ruim nesse um ano de dois dias (dois dias de atraso para postar... ), fiz uma seleção das 5 melhores coisas da tão esperada e frustrante "Teenage":


*Entrei na faculdade.
Sim, nada demais, acontece com todo mundo. Mas eu não sou todo mundo e gostei disso, achei importante, foi uma grande descoberta de coisas, pessoas e fatos que me machucou, curou, machucou de novo para agora curar outra vez...

*Torrei o limite do meu cartão de crédito.
Sim, é uma ótima sensação... ainda mais com livros que eu adoro. Mas segundo o capitalismo, a gente precisa pagar com juros o cartão atrasado...

*Conheci meu enorme amigo Gui.
Sim, graças a faculdade, a bursite e o elefantinho, eu o conheci. E claro, a Diandra, que me enganou, mas no fundo, sente minha falta.

*Fui num show do Beatles Forever.
Não era o Paul, John, George e Ringo em pessoa... Mas deu para o gasto. Sem contar que sem isso não conheceria a quinta melhor coisa, que foi...

*Conheci meu atual namorado.
Você pode estar pensando: Ah, isso é panaquice, todo mundo acha que o atual namorado vai ser o melhor e que vai durar pra sempre. Bem, ele não é só namorado, ele é amigo, "malhuco" e ombro sempre que preciso. Ele é tudo em um, e esse um é meu. Se vai durar ou não, deixo com o tempo e com Vinicius de Moraes: que seja eterno enquanto dure.

Eis o Top Five- Teenage. A ordem dos fatores não determina importância.
Gui, Diandra, Renê: vocês são especiais para mim... muito.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

I´m not a plastic bag fans


Confesso que sempre fui fã de bolsas grandes, daquelas que dá para guardar a família toda. Práticas para quem tem pressa, precisa jogar tudo correndo porque demora demais se arrumando e sempre está atrasada (eu por exemplo). Além de estarem no ápice da estação, os modelos variam, desde as clássicas Victor Hugo, com zíperes e "praquessebolsoaqui", até as feitas com jornais trançados.

Designer de acessórios, a inglesa Anya Hindmarch (famosa por suas bolsas de 1500 dólares) revolucionou as "tote bags" e lançou uma linha de sacolas denominada I´m not a plastic bag . Feita de lona, no maior estilo "ecologicamente correto", já esteve nas mãos de grandes celebridades, entre elas, Keira Knightley e Lily Cole.


Adorada pelos ecologistas, pelas celebridades e por todo mundo, ela mostra o quanto as sacolinhas plásticas estão fora de moda.

Com suas linhas simples, sem muitos detalhes, mas repleta de personalidade, vendeu milhares nos EUA em cerca de uma hora.

Já pode ser vista em shoppings. O preço lá no exterior é acessível, e por aqui estava em torno de R$ 14,00.

Mas tudo que é muito bom, barato e na moda dura pouco. Feita em edição super limitada, há somente 500 e podem ser encontradas no site ebay (os lances chegam a R$600,00).

A idéia é fazer uso dessa sacola em vez das plásticas, em um apelo pela preservação do meio ambiente.

Com o enorme sucesso e repercussão, em breve será lançada em novas cores e modelos...

A natureza agradece. E nós cobiçamos tão aclamada sacola.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sem título

Mesmo querendo não ficar triste, às vezes é inevitável.
Nos apegamos ao que aconteceu de ruim, inibimos tudo o que há de bom, lamentamos.

Choramos. Berramos. Brigamos.
Certas verdades absolutas doem.

E nada do que fizermos pode mudar. Se não fosse assim, elas não seriam absolutas.
E a reflexão para pensar no que pode ser absoluto, pode ser relativa.
E a relatividade, pode ser extensa.

Mas nada de relatividade extensa absoluta pode aliviar essas pontadas na garganta de tristeza. Os nós no esôfago de desânimo e o borbulhar gástrico. E parece que derramar lágrimas alivia. Mas nem sempre é assim.

No maior estilo "foda-se o mundo", a gente se fecha dentro do casco, e chora. Chora até achar que não pode mais chorar. E quando os olhos latejam e a cabeça está quase em processo de combustão espontânea, volta tudo de novo.

E com as lembranças vem a sede de que poderia ter sido tudo diferente, de que podíamos voltar e consertar o que erramos no passado para não receber essa "colheita maldita" denominada tristeza.

Se por acaso, uma desventura com as leis da física, nos fizesse de fato ter a chance de semear algo que não causasse nenhum dos sintomas citados? Como uma máquina que nos desse a chance de voltar e acertar tudo.

Cairíamos na tão clichê contradição explicada nos filmes mais famosos de ficção: as coisas dariam errado da mesma forma. Por quê? Porque você só volta para o passado por um motivo. E se no passado você altera esse motivo, ele vai arrumar outro jeito para se tornar o motivo da sua volta. Parece confuso?

Como no filme "Máquina do Tempo". Ele viaja para o passado, na esperança de salvar sua mulher. E ela sempre morre. Porque se ela não morresse, não haveria motivo para ele estar ali.

E entre a "colheita", o filme, a morte, o tempo e a física, eu me pergunto: qual será o verdadeiro motivo para estar aqui?

E por que nem o choro, nem a raiva, nem a culpa e o remorso aliviam os nós, as combustões, os borbulhos mudam algo? Nem que for agora, no presente. Não seria tão presunçosa a ponto de achar que minha tristeza pode alterar o passado.

Só sei que o que controla esse mundo, seja um ou mais deuses, seja a tal da energia, seja a força do pensamento ou os Budas do oriente são de fato curiosos. Intrigantes, abstratos. Mas, acima de tudo, curiosos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Éramos 7

Acho que não chorei assim por ninguém na vida. Nem pelos meus avós, nem pelos que considerava da família, nem pelos meus falecidos tios.
A dor da perda era consolável pelo fato de saber que eles tinham vivido boa parte de suas vidas sem minha existência. E outra boa parte depois dela.
Enfim, quando o assunto é a perda de entes próximos, sempre superei bem a morte. Lembro ainda de quando foi o meu avô. Já tinha 9 anos, o suficiente para entender o que estava ocorrendo e sentir que ele nunca mais estaria ali.
Chorei assim faz pouco mais de 6 anos. Eu achara duas cadelinhas dentro do saco de lixo, quase mortas pelo frio. Se permancessem ali, de fato a morte seria concretizada.
E aqui dentro o que bate é um coração, não uma pedra. Ainda que com pouco espaço e mais dois cachorros, recolhi os seres quase mortos.
Conseguimos arrumar um dono para uma das cadelas. A outra, ficou conosco. Durante 1 ano e 6 meses, até sua jornada acabar em um choque com um carro. Sim, morreu atropelada.
Chorei muito, pois a tinha visto bem pequena, quando mamava com auxílio de uma mamadeira... Cerca de 3 anos depois, adotamos outra filhotinha. Não tinha nem direito 1 mês e passara por dois lares. No primeiro, quase morreu por falta de cuidados. E o segundo não podia cuidar devidamente.
Ela cabia na palma da minha mão (que era bem menor do que é atualmente). Não bebia água, nem comia, só sabia deitar de barriga no chão para tentar aliviar o calor.
Com muita paciência e cuidado, cuidamos até ela tornar-se grande, carente e muito saudável. Tão saudável, que teve uma cria. Uma enorme cria de 7 filhotes! E eu vi cada um nascer, cada um crescer até pelo menos 2 meses de idade.
Um deles arranjou um lar. Outro, adoeceu. Temi que fosse perdê-lo, mas conseguimos fortalecê-lo até arrumarmos um dono. E arrumou um ótimo dono, está atualmente bem maior que os irmãos e muito bem cuidado.
O terceiro irmão foi para o lar de uma menina de 2 anos. E diga-se de passagem, está muito feliz lá. Infame trocadilho, seu nome é Feliz.
Sobraram 4. Um foi e voltou, para a minha felicidade, pois era o que mais tinha carinho.

Desde domingo, noto que uma das que ainda restavam, andava meio murcha. Não comia, não bebia água, nem sequer levantava ao ouvir os chamados de seu nome (Ursinha, não me pergunte por que, não fui eu quem escolheu o nome!).
Passei a segunda servindo água, água com maizena e leite com uma colher em sua boca.
Na terça, tentei deixá-la descansando, mas ainda preocupada. Ontem à noite, teve uma melhora e até levantava para beber água.
Hoje, exatamente às 14h, depois de muitos remédios, massagens, colheradas e injeções de remédio na boca, ela morre no meu colo.

Doeu e ainda está doendo. Pode ser exageradamente dramático, de quem é muito choroso e mimado e não sabe agir com maturidade nas horas que necessita.
Isso agora pouco importa.

A maior da foto, Ursinha.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

MEME

Com base em uma postagem do blog de um amigo, o futuro jornalista Ricardo Brandão, resolvi também fazer o Top Five da Infância...


Quando eu era uma mini-eu, não podia faltar:



Ao contrário da maioria das crianças, que era fã de Nescau e Toddy, eu adorava o chocolate dos padres. Sem açúcar, lembro da iguaria sendo utilizada no preparos dos melhores bolos que minha avó fazia.







Sim, eu adorava Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball e todas essas outras coisas importadas do Japão. Mas como "Só pode haver um... "(AHA, momento Highlander... passou, podem haver mais 3 depois desse), escolhi o mais clássico de todos: Caverna do Dragão.





Lego! Sim, como enfatizado anteriormente nessa mesma Bat hora, nesse mesmo Bat Blog, infância sem Lego não é infância! Por isso, minhas horas passavam sem medo quando eu sentava com um balde de Lego do lado... Sim, fosse de piratas, de castelos...
Sempre Lego.




Claro! Não podia faltar! Infância sem Disney não é infância (mesma fala, pontos diferentes)! Não perdia nenhum clássico, desde A Branca de Neve e o Sete Anões até o seu grande trunfo, O Rei Leão.
E depois de grande, ainda os assisto, visando ter em DVD todas a coleção que tanto marcou minha infância.







E por último, mas não menos importante, até porque a ordem dos fatores não altera os MEMEs: Tv Cultura! Nem vem, eu sei que assim como eu, você na faixa dos 23 aos 16 assistia Castelo Rá Tim Bum, Rá Tim Bum, Contos de Fada, X- Tudo...
E quem melhor do que a Tv Cultura para representar um elemento na minha infância?



Enfim, não há uma ordem, nem uma lista dos mais importantes. Foram só as coisas que vieram em mente quando pensei: Quando era pequena...
E o mais importante de tudo é que eu tive uma boa infância.

Não captou o que é MEME? Eis a resposta.

Crise Pré-19

Meu aniversário está chegando. E pela primeira vez em quase 19 anos, não estou empolgada e não o vejo com um bom sinal.

 A ilusão de 17 pra 18 é boa. A decepção dos 18 é triste. Os meus 18 foram catástróficos em sua maior parte. Eu colho o que ficou de bom e enterro o que foi ruim. Uso de adubo para os meus 19.

Com o medo da primeira colheita na casa dos 20. Tenho medo dos 19. Porque não é um número redondo. E eu gosto de números redondos.

E a próxima vez que voltar a ser número redondo, entrarei na casa dos 20. Isso é horrível!!! Me sinto velha…

Até notei novas rugas embaixo dos meus olhos. E me sinto mais gorda. Como será que estarei aos Pré-20?

 20 Anos!

 Isso é o que mais me perturba! O fato de ter 18 essa semana e pensar que o ano que vem farei 20...

Read the book, listen the music...



"O Teatro Mágico- Só para raros"...

Se você pensa que essa idéia é recente, que veio junto com a trupe que canta com nariz de palhaço, está muito enganado...

Essa é uma das partes que mais gosto em "O lobo da Estepe" (Hermann Hesse). O alemão já pensava nisso muito antes de nós sequer imaginarmos que poderia vir a ser o nome dos "fazedores de música" mais folclóricos dos últimos quatro anos.


Na verdade, no livro, a real sentença é: Só para loucos...


Está ai, dicona de leitura: Hermann Hesse...

sábado, 10 de novembro de 2007

7 meses em atividade!


Uma salva de Uhas, ie ie iês e letshi letshi aos que me visitaram, tão longe do chão, nesse meu submarino amarelo nesses 7 meses!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A que ponto chegamos?


Em contra-partida à uma entrevista publicada ontem (04/11- "Voz contra o preconceito) no jornal Estado de S. Paulo (Caderno Feminino), relatando as ações de uma militante e ex-prostituta que busca direitos trabalhistas para a categoria, venho de forma humilde e singela expressar meu ponto de vista.

Antes de ser criticada e rotulada como preconceituosa, quero destacar o seguinte: TODO e QUALQUER cidadão é igual diante a lei, independendo sua ocupação, é SER-HUMANO acima de tudo. Logo, o respeito deve ser igual, acima de tudo.

Acontece que Gabriela Silva Leite, 56, ex-prostituta e atual militante, luta para representar a Rede Brasileira de Prostitutas.
Agora junto ao Congresso Nacional, busca a regulamentação da profissão, com piso salarial, carga horária, assistência social, aposentadoria etc.

O fato é: a profissão ainda é ilegal, mas sobrevive há muito tempo (desde a Antiguidade, sendo uma das ocupações mais antigas do mundo). Me arrisco a dizer que só sobrevive porque há "mercado" de trabalho (diga-se de passagem, responsabilizo os homens em 85% por essa afirmação).

Que essas mulheres sofreram e que devem de fato, encontrar ajuda só nesse meio, não posso negar. Não condeno e nem julgo. Mas regulamentar uma situação dessa, com incentivo fiscal e mais impostos para o governo através da prostituição, já é um pouco demais.

Além de claro, se regulamentada, haverá uma demanda grande de mulheres que, sem mais alternativas, vão buscar a "segurança" nesse ramo, se regido pela lei como sugerem as representantes da Rede.

Hoje, com tantos meios para arrumar dinheiro sem essa opção, com tantas oportunidades a mais do que antigamente, apoiar uma luta dessas é um absurdo. E lucrar com o recolhimento de INSS e mais não sei quantos impostos cobrados aos trabalhadores registrados, se contarmos com a regulamentação da prostituição, é muito mais do que demais.

Que bonito o governo receber impostos sobre a prostituição! E chamam isso de inclusão social.

Por que ao invés de apoiar a regulamentação do ramo, não há a luta para a valorização das mulheres no mercado de trabalho especializado? Por que não atuar numa área que não precise de tanto sofrimento, vergonha e humilhação (como várias ex-prostitutas já relataram em diversos meios de comunicação)?

E há os que abominam a liberação da maconha. Se é para faturar com impostos, que seja com o comércio de plantas e não de gente.

Para a minha luz.

Era fria e macilenta. Apesar das feições delicadas, parecia sempre triste, zangada e infeliz. Sorriso amarelo, rosto cinzento, olhos de um azul opaco. Não havia brilho nem no olhar, nem no pensamento. A culpa não era dela. Sempre que via uma luz, agarrava-se a ela, segurava com toda a força que podia. Mas nunca houve luz o bastante que tirasse aquela sombra que a cobria. Tão magra, que nem suas antigas roupas de quando menor e mais leve pareciam servir. Nem Dostoyevsky, nem Nietzsche, nem Platão, Sófocles, nem Sócrates ou Heráclito a entendiam. Nem a fome, o sono ou a euforia pousavam sofre aquela face. Durante quase 4 longos meses, não sorria. Durante quase 9 meses, não dormia. Durante quase um ano, era completamente incompleta, infeliz e outros "ins" que só os condenados carregam.

Nem sempre fora triste, macilenta, zangada. Vivia em seu mundinho pequeno, com pessoas pequenas, sonhos menores ainda e apenas com desejos de criança. Montanhas de morango, sapatos que piscam quando andamos e muita purpurina. Pelo menos, era visivelmente feliz.

E as pessoas a deixaram, seu mundinho acabou e não sonhava mais, pois não dormia. E os desejos de criança cresceram, mas não amadureceram. Eram adolescentes mimados que se julgavam maduros e inteligentes o suficiente para dominar seus pensamentos, vontades e necessidades.

Parece ruim? Nem tanto. Acontece que por acaso do destino (ou não, simplesmente porque acasos não existem), surge uma luz. Uma luz maior que ela, que por ser tão clara, tão reluzente, não pode ficar ao lado de qualquer outra coisa ou ser. Ou a intimida, ou a ofusca. Por isso, era uma luz solitária.

E enquanto a magrela repleta de sombras, cinzenta de olhos frios e trajes largos buscava a luz, a luz de brilho imenso e olhos mais verdes que esmeraldas (sim, a luz é uma pessoa, quem diria!) procurava um pouquinho de sombra para tentar ser menos intensa... Luz demais cega. E os dois se trombaram. Sendo tão iguais, mas tão diferentes, podia a luz e a sombra ficarem distantes?
Não mais.

Não agora que um sabe a importância vital que ambos têm.