segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Artistas “desapadrinhados” promovem manifesto em SCS

Sob o nome de “Manifesto Reticências”, usam o período eleitoral como reforço de divulgação

Aproveitando a proximidade das eleições, um grupo de artistas resolveu mobilizar manifestos durante a semana de 27/09 a 05/10 (domingo de eleição). Revoltados com a falta de infra-estrutura e descaso com a arte alternativa da menor cidade do Grande ABC, resolveram protestar.
“Há verba pública a ser investida na Cultura, gente interessada, demanda e até interesse econômico, mas na mentalidade dos governantes, ‘Cultura’ é construir escola e quadra poliesportiva. Nem sequer há um cinema”, contam.

O evento não tem apoio de instituições artísticas conceituadas da cidade que, segundo os organizadores, são atreladas a governantes.
Sem patrocínio, participarão voluntários do ramo artístico, estudantes e pessoas que defendem a causa,além de instituições artísticas alternativas . Quando questionados ao número médio de participantes, respondem: “Não se pode estipular a média de participantes, tanto porque esperamos que mais se agreguem ao se depararem com as primeiras manifestações”.


Origem

A idéia inicial era a mobilização para a criação de um centro cultural público. “Diante a realidade política da cidade, notamos que esperar cooperação diplomática com a corja era dar murro em ponta de faca. Então, vendo o quão comum era essa frustração pra todo artista não-apadrinhado, decidimos ignorar a caneta e segurar a espada”.

A idealizadora, Tatá Vassoler, 21, passou a idéia ao amigo, Diego Urbaneja, 25, publicitário. Resolveu levá-la adiante, convidando também, José Autran, 24, designer de multimídia. Nascia ai o “Manifesto Reticências...”

Começaram com uma divulgação ínfima, sem grandes especificações, até publicarem a idéia original no blog projetosentelha.blogspot.com.. Anseiam por apoio voluntário dos meios de comunicação para auxiliar na divulgação, além da panfletagem e eventos.

Com uma programação que envolve desde filmes até “eventos surpresas”, os manifestantes buscam mostrar em forma de entretenimento como a cultura alternativa é fundamental, tanto para o cidadão, quanto para a cidade.
Mais informações estão contidas no blog. O e-mail para contato é projetosentelha@gmail.com .

terça-feira, 23 de setembro de 2008

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

The show must go on...

Há dias em que acordo e penso:

- Nossa! Que dia perfeito!

É um dos maiores clichês de filmes, mas eu vivo esse clichê. Acordo, faço tudo cantando. Vou ouvindo meu mp4 no ônibus com uma vontade de sorrir enorme. Faço piadas mentalmente e acabo rindo sozinha delas.

Como citado no outro blog que escrevo, dias de "ovos de ouro/de dinossauros". Dias onde tudo, até a mais estressante preocupação, evaporam. Good hair day, good skin day, good every part of your body day. Dias perfeitos...

E no meio nessa euforia por causa do sol, da chuva, do dia... surge a felicidade melancólica. Porque aquele(s) momento (s) é (são) tão bom (ns) que talvez nunca mais volte(m). Talvez esse seja o ápice da felicidade e seja único. Nada pode ser tão bom quanto aquilo.
É uma paranóia antecipada, mas é real. E constante.
O maior desejo é outro clichê: que aquilo seja eterno, que dure para sempre, que seja pausado ali e nunca mais mude.

Pena que a vida não é um filme. Pena que não dá para colocar um final alternativo. Pena que não dá para ver o making off da nossa vida, ou as cenas extras. E mais do que isso, o elenco. Se pudéssemos prever quem vai aparecer e/ou quem vai embora das nossas vidas, tudo seria diferente. Tudo seria um filme. E arrisco-me a dizer, um filme clichê...

A vida não é um filme, é uma peça de teatro sem ensaio e com apresentação única. Se esquecer a fala, improvise. Se levar um tombo, levante e finja que nada aconteceu. Continue.
Por isso eu gosto mais de cinema... e de dias perfeitos/clichês.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Chocolate em pó/Miojo e só

Foi instantâneo
Como chocolate em pó no leite quente
Como miojo depois de 3 minutos (logo não foi tão instantâneo assim)

O olhar se cruzou
O mundo se calou
A luz se apagou
Só havia uma

Não digo qual é
É piegas
Tola
E completamente proibida

É censurada
É inesperada
E não correspondida

Borboletas no estômago
Estrelas no olhar
Seja qual for o nome

Foi instantâneo

É aquela euforia idiota
De rir sozinho
Da sua mais doce tolice
Sabendo que é idiotice

É instantâneo
A taquicardia ao ver seu nome
A perda de sono, ausência de fome
Toda vez que você vem à mente

É instantâneo
Eu miojo, você água quente
Tão distante e tão diferente
Mas pronto em 3 minutos

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Failure

Como a desesperada por resultados imediatos que sou, acabo de sabotar a semana de poesias.

Por quê?

Só tive uma colaboração...

Mas meu caro colaborador Evandro, olha que honra, você será o único publicado aqui no meu submarino (não que isso seja grande coisa).

Segue o poema do blogueiro Evandro, que além de escrever, desenha muito bem...

O Blog: Só dói quando eu rio

O autor: Evandro

O poema:

Mal do Mundo


Tudo começa ali naquela sala trancada.
Lá dentro o sofrimento. A respiração ofegante. Gritos de dor. Sangue, sangue.
O metal rasga a carne. Suja de vermelho as mãos dos sádicos homens mascarados, eles dizem que esse ritual precede um momento mágico.
Eis então que – da luz – surge à criatura: calada e ensangüentada.
Um dos homens mascarados agride a criatura – que começa a berrar –, olha para um outro homem de máscara que está espantado com tudo que viu, sorri e diz:
"Parabéns papai, é um lindo menino!".

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Fugindo ao lirismo um bocado...

Certa Diandra colocou certa vez que "Liberdade é passar a mão na bunda do guarda". Coloco então:"Pudor é aquilo que limita a liberdade de passar a mão na bunda do guarda".

Afinal, o nosso livre-arbítrio é divino e regido pela constituição. Interferir nele é inconstitucional. Somos livres para praticarmos quaisquer ações. Mas... para toda ação há uma reação...
Causa/efeito. E em alguns casos, custo/benefício. Nos meus termos (e de muitos outros), a famosa LISTA DE PRÓS E CONTRAS.

O pudor nos impede de fazer muitas merdas. E raras vezes algumas coisas boas. Pudor nos impede de sair de roupão da rua.

De falar ou não falar coisas que não devem ou devem ser ditas. De fazer ou não fazer coisas que devem ser feitas.

Pudor é aquela coleira que prende nossas vontades.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Temporariamente sem nome- ou quase isso

Vem descabelada
Jogada e chacoalhante
Dentro do ônibus...
Seu olhar passeia

Olha atentamente
Toda placa
Toda gente
Que passa
E que fica


Passa desapercebida
Ou pelo menos
Nisso acredita
Quem olhará
Para a jovem de all star
Descabelada e distraída?

Tantas belas outras
Ruivas, negras, loiras
tantas tão bonitas
quem olhará?

Nem se importa tanto
Ou pelo menos não quer se importar
Acorda sempre em cima
Da hora de se aprontar

Guarda dentro de si
A certeza
De que há algo muito mais importante
Do que a beleza

Mas a certeza cai
Quando ela sai
Apagada
Ofuscada

É confusa e insegura
É infantil, mas é madura
É um jogo de antíteses
Que ninguém sabe jogar...

Pobre bela menina
Tão esperta
Tão tolinha
Dependente química da aprovação
Alheia...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre a semana de produção de poesia...

Caros, mal posso expressar minha imensa gratidão pelo empenho em me auxiliar em tão produtiva semana!

Muito obrigada a todos.


Vai funcionar assim:

Postarei (ou ao menos tentarei) pelo menos uma vez por dia uma poesia. Vocês podem mandar as de vocês via comentário. No final da semana, escolherei as 7 melhores e postarei aqui com seus respectivos nomes e endereços de blogs, numa campanha de publicidade quentíssima [/sarcasmo].

Conto com vocês...

Eis a primeira:

*Nota sobre esse poema: leia-o inteiro e depois só leia as partes em negrito. A intenção é a de ser uma mensagem com máscara.

Sobre os falsos... cognatos



Odeio os falsos
Cognatos
Desprezo-os
São tão maldosos
Os falsos
cognatos

Somos iludidos
E enganados
Acreditamos cegamente
Nos falsos
cognatos

Zombam do nosso juízo
Desprezam nossa inocência
São tão cruéis
Esses falsos
Cognatos

Mas com a experiência
Vem junto a sabedoria
E quem antes não sabia
Sabe agora
Os falsos
Cognatos
Já vem com seu esquema
Semi-pronto

E na dúvida
Se é ou não um falso
cognato
Há sempre o dicionário
A consultar
O professor, para perguntar
Ou até mesmo o nosso julgamento

Porque quem cai nas garras de um falso
Cognato
Tem medo de tudo que é parecido

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

II Semana oficial de produção de poesias para qualquer coisa

Está aberta a semana de poesias.

Porque a minha cabeça está doendo de tantos versos empilhados, amontoados e jogados dentro dela.

Aqui, é o depósito, o arquivo.

Me ajudem a me organizar.

Começa agora:

II Semana oficial de produção de poesias para qualquer coisa

Organização:
Elsa Villon

Patriocínios:
Vocês que estão lendo.
Nike
Mc Donald´s (afinal de contas eles patrocinam tudo)
Paçoquita
Polenguinho
Café Três Corações
Coca-Cola

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Caneca....

Recebi da caneca mais adorável o mundo o e-mail com o seguinte texto de Martha Medeiros. Em itálico, a minha versão.

Quem sou eu?

Quem sou eu?? Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir.

A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Você não está fazendo nada agora? Eu idem. Vamos listar quem a gente é: você daí e eu daqui.

Eu sou outono, disparado. E ligeiramente primavera. Estações transitórias.

Sou inverno. Denso, frio, nostálgico. Daquele que aprisiona a alegria numa caneca de chocolate quente.

Sou Woody Allen. Sou Lenny Kravitz. Sou Marilia Gabriela. Sou Nelson Motta. Sou Nick Hornby. Sou Ivan Lessa. Sou Saramago.

Eu também sou Woody Allen. E Beatles, mais Ringo do que todos. Sou Eric Clapton, mas também Pattie Boyd. Sou Sílvio Santos e Elza Soares, sou Garrincha e Vinícius de Morais. Sou Djavan e sou Racionais. Sou Mario de Andrade e também Cora Coralina.

Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole.

Sou batata frita com ketchup picante. E um copo enorme de Coca-Gelada. Não sou ilha, mas sou deserta. Sou megalópole recém-descoberta.

Sou bala azedinha. Sou coca-cola. Sou salada caprese. Sou camarão à baiana. Sou filé com fritas. Sou morango com sorvete de creme. Sou linguado com molho de limão. Sou cachorro-quente só com mostarda e queijo ralado. Do churrasco, sou o pão com alho.

Sou pimenta do reino no feijão. Sou o miolo e a casca do pão. Sou yakissoba sem camarão. Sou hot dog de frango, empada de palmito, Tortilhas argentinas e salada russa. Sou o sal, o limão e a tequila. Do churrasco, sou a vinagrete.


Sou livros. Discos. Dicionários. Sou guias de viagem. Revistas. Sou mapas. Sou Internet. Já fui muito tevê, hoje só um pouco GNT. Rádio. Rock. Lounge. Cinema. Cinema. Cinema. Teatro.

Sou livros. Muitos. Enormes. Velhos com traças. Novos cheirando a papel recém-feito. Sou fotos. Em pb. Sou internet sem fio, porque assim não há limitação. Não sou tv, é só imitação. Rádio, cd, mp3, vinil ou caixa de fósforo: sou música. Sou cinema e a pipoca com manteiga. Do teatro, sou a coxia.

Sou azul. Sou colorada. Sou cabelo liso. Sou jeans. Sou balaio de saldos. Sou ventilador de teto. Sou avião. Sou jeep. Sou bicicleta. Sou à pé.

Sou verde-oliva, mas também sou azul e prata. Sou cabelo levemente ondulado, com franja completando o penteado. Sou jeans e all star. Velho e sujo. Sou cabo USB. Sou pára-quedas. E asa-delta. Sou monociclo. Sou patins.

Você está fazendo sua lista? Tô esperando.

Sou tapetes e panos. Sou abajur. Sou banho tinindo. Hidratantes. Não sou musculação, mas finjo que sou três vezes por semana. Sou mar. Não sou areia. Sou Londres. Rio. Porto Alegre.

Sou fronha e pantufa. Sou banho do despertar. Hidratantes com propriedades amolientes e esfoliantes. Não sou musculação, nem yoga. Sou tai chi. Sou lagoa. Não sou rio/Rio. Sou Londres, sempre. Sou Machu Pichu, até depois de sempre. Sou P. Alegre. Para sempre.

Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais flor que fruta, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais champanhe que caipirinha. Sou esmalte fraquinho. Sou cara lavada. Sou Gisele. Sou delírio. Sou eu mesma.

Sou mais poltrona do que mesa, mais madrugada do que anoitecer, mais fruta que flor, mais apimentado do que salgado ou doce, mais música do que qualquer outra coisa, mais sushi que lasanha, mais cerveja que vodka. Sou rímel ultra alongador. Mas só quando saio. Sou Angelina. Mas ainda sim, sou ainda eu mesma, e mais do que isso, sempre serei.