terça-feira, 31 de março de 2009

Jovens utilizam horário de serviço para discutir diploma de jornalismo e mercado de trabalho


Focas recém-formadas e vetexetes reclamam da ausência de empregos próximos


Colaborou: Guilhas

Uma jovem de 20 anos alegou ontem, em Pinheiros, que sente sono ao conversar com seus amigos pelo serviço de mensagens instantâneas do msn. Elsa Villon, estudante de jornalismo, disse que não sabe a causa de tanto sono, só o sente porque costuma acordar cedo e sofre por trabalhar tão longe: "Cansa demais. Queria viver de renda".

Elsa, assim como 100 mil jovens, segundo estimativas do Datafolha, trabalham longe de suas residências. Segundo o secretário da Educação, João Bob Nelson, metade deles não tem opção de escolha, agarrando a primeira oportunidade que aparecer. Já, os outros 50 mil, não tem mais o que fazer mesmo. " A vida é assim mesmo, tem que bater de volta" afirma o jovem Guilhas Bra, 21 anos, que diz "também ter sono de manhã. Mas, antes um lide na mão do que a Helô voando."

O estudo apontou ainda que 25% dos jovens entrevistados não sentem tanto prazer em cursar a sua atual graduação. "Eu mudei de idéia. Quero ser bailarina", afirma Elsa.

Porém, mesmo com alto índices de desistência, o diploma de graduação de jornalismo ainda não está regularizado. O Supremo Tribunal Federal decide no próximo dia 10 a situação dos mais de um buzilhão de jornalistas em atuação hoje no Brasil.
"A expectativa é de que não me fodam" afirma o repórter desta matéria.

Por fim, a estudante de jornalismo é otimista: "Se a Renata Fan conseguiu, por que eu não conseguiria? E nem preciso namorar o Alexandre Frota durante a Casa dos Artistas para isso".

segunda-feira, 30 de março de 2009

Azedume típico de segunda-feira

Hoje eu gostaria que fosse amanhã. Porque ai poderia ter ficado um pouquinho mais no ontem. Sem me preocupar.

Ausência de horários, falta do que fazer, excesso de horas de sono, fome em demasia, risos exagerados. O fim de semana podia durar uma semana. E a semana, apenas dois dias.

Mas Shakespeare já disse que se as férias se invertessem com o trabalho, tornariam-se tão insuportáveis quanto o trabalho. Mas hoje, mais do que nunca, gostaria de correr este risco.

Então... só acrescento: bom trabalho ai.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Human? No, journalist

Sem querer parecer bajuladora da profissão, "típica estudante" e puxar sardinha para o jornalismo, mas se algumas coisas da vida fossem como a estrutura de uma notícia, muitas coisas seriam simplificadas.

O nosso tão ortodoxo lead (ou lide), que te obriga a responder logo de cara o que, quem, quando, onde, como e por que é um exemplo.

Se ao invés de complicar, de mistificar, respondêssemos de cara o que é questionado, metade dos mals-entendidos teriam fim. Obviamente surgiriam outros, que consistem simplesmente na atitude de falar logo de cara tudo o que é perguntado, restando apenas aquela falta de censura no que é dito.

Quando alguém falasse "Adivinha", você segueria o roteiro leadiano. Como na conversa seguinte:

- Adivinha...
- O quê?
- Comprei uma saia?
- Quem?
- Quem o quê, bebeu? EU comprei uma saia.
- Quando?
- Hoje cedo, em uma liquidação.
- Onde?
- Naquela loja nova, com 75% off.
- Como?
- Com o cartão, oras...
- Por quê?
- Porque eu queria! Nossa, que chatice a sua, super seco e direto nas suas perguntas. Qual é? Só porque comprei a terceira saia essa semana, contrariando todos os seus avisos de que estava me tornando uma capitalista selvagem, fruto da indústria da propaganda? É essa a visão que tem de mim? Deve ser mesmo, por isso não dá certo entre nós, por isso. Você pensa coisas horríveis de mim. E pensar que só comprei para irmos na festa DO SEU melhor amigo. Fiz pensando em você e ainda aturo isso. Não dá mais, para mim chega. Tchau.

Tu tu tu tu...

Ou então bancar o entrevistador na balada, perguntando nome completo, idade, o que faz, o que estudou, aonde, porque estava ali é realmente um indício do jornalista pentelho... Ainda mais se não deixar sequer o pobre "entrevistado" responder uma palavra, no maior estilo Jô Soares.

Mas há causos em que ser direto, ser simples, ser "imparcial" é preciso. E mais do que o lead ou entrevistas, se todo mundo seguisse o modelo de bom jornalista e apurasse direito as coisas antes de sair falando, julgando, apontando, recriminando, ah, isso sim seria uma grande evolução.

Parasse de inventar dados, ouvisse os dois lados da história, recorresse a fontes e por fim informaria e não deformaria o fato.

Mas nem tudo é assim, muito na vida é praticamente uma reportagem especial, com páginas e páginas, informações complementares, pessoas diversas e locais inusitados. Com repórteres que passam meses se dedicando para ter um espaço limitado na vida delas. Até o momento de suas "deadlines".

E se refletirmos sobre, todos teremos uma deadline. Um dead time.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Sem tato

Na angústia de uma tarde nublada, que chove, mas deixa nuvens amareladas no céu, fica o gostinho da solidão, do sono, da insegurança.

Um sensação esquisita, um aperto no estômago, como uma pontada. A cabeça latejando. Os dedos tremendo. O olhar falhando.

Aquela coisa esquisita, de saudade do que está perto, de vontade do que nunca teve, de alguém para comer cookie ou cachorro-quente do lado.

Alguém que não espere muito de você, que simplesmente te entenda e aceite como é: cinza, pragmática, simples e sincera.

E aceite seu ego, sua teimosia e insegurança. Porque tudo isso é vontade de se sentir necessária.

E no fundo, nem era só o ego. Nem era só insegurança. Nem era somente sincera.

Era pura. Como vodka russa, filtrada 124 vezes mais que as outras. Como tequila ouro ou prata.
Era só uma confusa, que queria colo e não sabia pedir.
Que queria ajudar, mas não sabia como.
Que queria se sentir da turma, mas não pagava lanches.

E nesta tarde chuvosa, cinza mas de nuvens amareladas, já esqueceu como se escreve e perdeu todo o seu tato com as palavras.

quinta-feira, 5 de março de 2009

"Eu tenho tanto para lhe falar ... "


Não sou fã do "REI", mas tenho muito para falar.

As palavras estão me fazendo de bobinha e o tempo está brincado de pega-pega...


Quando sair dessa Montanha russa de afazeres, voltarei.