quinta-feira, 30 de julho de 2009

Chovendo

Uau... realmente São Pedro anda de picuinha com os paulistas e só faz chuva...

E eu, estou embolorada com tanta umidade...

Em breve, o tão esperado (pelo menos por mim) layout.

Aguardem e confiem.

E não se esqueçam do guarda-chuva...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

. due

Nada flui, as coisas emperram e se entrelaçam. Tudo parece mais complexo. Tudo é sempre mais complicado.

Até os sentimentos, que deveriam fluir naturalmente, não o fazem. Eles também se entrelaçam entre realidade e imaginário, entre sonho e pós-sono. Nada poderia ser mais complicado.

Os sentimentos acordada não são os mesmos dos que tenho quando caio no mundo do velhinho da areia. Deve ter algum entorpecente naquela areia. Alguma substância mística que entorpece enquanto inconsciente.

E ainda questionam a sanidade. Como pode ser normal sendo uma pessoa acordada e outra quando dorme? E se perguntarem qual das duas prefiro, digo que a segunda, sem nem pestanejar. A segunda é corajosa, é forte, é viva. Não chora até adormecer querendo ser quem não é. É exatamente do jeito que quer. E se não fosse, faria ser.

Ela doma o tempo e as pessoas com suas suaves mãos e faz cada um se entorpecer com seu misticismo. Talvez seja essa coisa de ser duas ao mesmo tempo, uma tão diferente da outra. E por isso mesmo, tão interessante.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A avó dos meus netos, o pai do novo jornalisto e a lei de Murphy

Sabe o mendigo sujo na fila da sopa? Imagina que na vez dele, a sopa acaba. Pense na grávida que queria "aquela" caixa de morangos que a velhinha da frente acabou de amassar e vai levar para fazer geléia. Pense na legião de fãs que comprou ingressos e não viu o Michael Jackson. Nos corintianos na final do Paulista, que madrugaram no Pacaembu e não conseguiram nada além de vídeos engraçados de pessoas embriagadas. Pense em todo mundo que algum dia quis muito alguma coisa e por causa da Lei de Murphy, não conseguiu.

Agora começo meu relato. Desde 2007 ouço aulas e aulas sobre o Novo Jornalismo, toda sua revolução, a Revista Realidade e todo o resto das influências americanas que fizeram toda a diferença na imprensa brasileira. Ela se resumia a um nome: Gay Talese.

Livros, aulas, apostilas, provas. Tudo citando esse tal que mudou a forma como eu vou trabalhar. Eis que em plena segunda, um ser de luz, vulgo Paula Franco, me manda uma mensagem via Twitter (alguém finalmente achou uma utilidade para o Twitter!): Gay Talese de grátis (sic) no MASP. Vamos?
Com toda certeza que sim, ainda mais às 19h30 e sendo do lado do meu trabalho. Os ingressos seriam distribuídos à partir das 18h30 e como levo apenas 15 minutos até lá e saio às 18h, isso estava resolvido.

Eis que ontem, às vésperas de sair do trabalho, eu olho no relógio com doce satisfação. Ele marcava 18h04 e eu estava no elevador, feliz por saber que veria essa lenda viva, o pai do novo jornalismo. De graça.
Cheguei na estação Trianon-Masp. Eu, completamente desorientada, questiono ao dono da banca, para que lado fica o MASP. "Na próxima esquina", ele responde, apressado. Lá vou eu, camelando feliz e ignorando os dedos sendo espremidos pelas botas não laceadas que insistiam em beliscar todos os meus dedos de todos os meus pés (dois).

Estava em frente ao que parecia ser o MASP. Presumi por causa do número de pessoas em frente. A fila contornava toda a entrada e fazia uma curva para dentro, formando um labirinto. "Aqui é a fila para ver a palestra do Gay Talese?", pergunto, na esperança de que a moça respondesse que não, era apenas distribuição gratuita de cachorros quentes vegetarianos. Mas o "é" dela me quebrou no meio e logo imaginei a probabilidade de ficar do lado de fora.

Enchi-me de otimismo, mesmo procurando inutilmente o ser de luz em algum ponto adiante na fila. Havia ligado para ela, mas como o metrô não tem sinal, não conseguiu me atender. E eu não sabia que ela estava no metrô, mas isso é indiferente. Uns 20 minutos após chegar na fila (mais precisamente 18h18), avisto o ser de luz quase caindo de boca na calçada para me achar. Sorte que fiz uma plaquinha escrito "Paula", senão ela jamais me veria (momento de sarcasmo, pois a placa era minúscula).

Ficamos na fila, conversando sobre a vida, o Universo e tudo mais. Eu já tinha saído do labirinto porque a fila andou. Estava quase contornando a fila da reta final da fila (é, assim mesmo, complexo uma fila para pegar fila), quando um sujeito alto, com cara de contador simpático se aproximou e informou que até o momento todos os assentos estavam ocupados, depois dali, só entrariam mais 50 pessoas e mais ninguém.

Já estava lá de pé, não custava nada ficar mais um pouco. E assim foi. A fila continuou andando até eu ficar bem perto da faixa que limitava os seguranças e o contador simpático da escada que me levaria ao pai de um estilo jornalístico. De repente ela para. Faltava pouco, mantivemos nossos postos. Afinal, valia a espera. Cada bolha no pé, cada minuto aguardando, cada palavra de incentivo. Vale tudo.

Meia hora após a pausa dos 50 sortudos, a fila começa a se mexer. As pessoas da frente passam. Vou me aproximando da faixa. Estou quase entrando quando surge do além, do nada, do infinito, uma mão composta por um braço e um tronco trajando um terno azul Roberto Carlos que despedaça meus sonhos dizendo "Parou aqui". Parou na minha vez! Não tinha uma pessoa na minha frente. Eu era a pessoa da frente.

Repleta de perplexidade, não consegui emitir nenhuma palavra. Indignada, o ser de luz diz que acabou é o caramba. Crio forças e solto que sou magra e caberia em qualquer espaço, por menor que fosse. E caso fosse preciso, ficaria no corredor, só ouvindo o Gay Talese falar. O segurança não se convence. Chega novamente o organizador do evento, vulgo contador simpático e diz que ninguém mais entraria, ele lamentava muito. Ninguém mais? Como assim? E eu? E a Paula? A Paula tinha que estar dentro, pelo menos pela inglória piada do Paula dentro. Mas virou Paula fora. Esperamos mais uns 10 minutos depois que os seguranças começaram a restringir a área. Eu ainda carregava um ínfimo fio de esperança. Doce ilusão. Na verdade, amarga.

Após uma hora e quarenta minutos em pé, na fila, prestes a construir a história que contaria para os meus netos (Meu querido, a sua avó viu uma palestra do Gay Talese... ele era tão fantástico), Murphy destruiu minhas chances. Desolada desse jeito, só uma coisa para completar meu "rolê paulistano": Mc Donald´s. É, Av. Paulista + fila+ Mc Donald´s= Rolê Paulistano.

E é essa a história que contarei para os meus netos. O dia em que quase vi Gay Talese e acabei comendo no Mc Donald´s. E o quanto Murphy riu da minha cara.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ringo!

E hoje, meus caros e caras, Ringão completa 69 anos!!!
Má eu amo esse Beatle.

Tem uns que acham que ele não é o o maior bateirista de todos os tempos. Eu acho que dentro do contexto Beatles, ele é sim o maior bateirista e não tem para ninguém. Mas há essa legião de desvairados que ignora o conceitualismo das bandas e quer pôr Hendrix com Ringo na bateria e Buddy Holly... Até daria, mas bem, melhor como está.

Sem deméritos para o meu querido Beatle (não tem essa de ex, a banda acabou, mas ele sempre será, assim como todos).

E fim, Birthday dos amiguinhos McCartney e Lennon para ele:

Birthday

The Beatles

Composição: Lennon / McCartney

They say it's your birthday
It's my birthday too, yea
They say it's your birthday
We're gonna have a good time
I'm glad it's your birthday
Happy birthday to you Bridge

Yes
We're going to a party, party
Yes
We're going to a party, party
Yes
We're going to a party, party

I would like you to dance
(Birthday)
Take cha cha cha chance
(Birthday)
I would like you to dance
(Birthday)
Oh, yea

Yes
We're going to a party, party
Yes
We're going to a party, party
Yes
We're going to a party, party

They say it's your birthday
It's my birthday too, yea
They say it's your birthday
We're gonna have a good time
I'm glad it's your birthday
Happy Birthday to you

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O canto do bardo

Meu bardo já faz mais que cantar
Ele é poeta
Ele é profeta
Ele é político
E salvador


Ele arrebata
Cada mulata
Com suas doces
Rimas de amor

Meu bardo canta sonoramente
E chora cantarolando
O choro de quem mente
Fingindo que não está amando

Mas ama
E chama
E clama por um dia só
A sós
Sem nós
Só ele e ela

Meu bardo já foi caído
Mas hoje não o é mais
Meu bardo foi convencido
De tudo que é capaz

Meu bardo
Saiu cantando
E levou consigo
Meu sabiá

Meu bardo levou meu canto
Levou pro canto
A ave a cantar

Fico longe de sua poesia
Cheia de malícia
Para me atiçar

Fico distante desse olho grande
Que fica a me olhar
Semelhante ao semblante
De um diamante a lapidar...