quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Them all

Leminski:
Com poemas ou bigode
Tudo phode

Vinícius, se não bebesse
Talvez jamais escrevesse

Ai de mim
Quando ouço Jobim

Pensado, mas não dito
Merecemos todas
Um shot de Chico

Poderia ter sido freira
Se não tivesse lido Bandeira

Na tarde que cai, só uma ideia voa:
Muito Fernando para pouca pessoa

Rima pobre me dá piripaque
Para acalmar: apenas Bilac

Grandes doses de realidade
Borrifadas por Carlos D. de Andrade

Nem mais um pio
Se não for do José Olympio

Amarrou a prosa e ninguém desata
Ficamos presos no papo do Ata

Mordedores de caneta Bic ou Retóricas de Fliperama
Para coisas assim é o Ogami que a gente chama

Para a Opus Dei: Fez-se o cilício
Para as donzelas: Fez-se o Fabrício

Choro em alguns - ou apenas casco
Eis o formato de Bruno Vasco

Noite quieta, lua calada
Só se ouviam as frases de Almada

Domesticaram a poesia animal
Fez-se assim o Poeta Chacal

Cecília
Não fosse poetisa
Era herança de família

Quando a elogia
Cora - a menina
Coralina

Clarice, grande amiga
Sentada comigo, entregue à bebida

Cargas, cargueiros e vagões
Me deixem no porto
Carregada de Camões

E no final da prosa
Perguntam ao Oswald:
- Conhece o Mário?

Obs: em negrito, meus poetas vivos favoritos - e amigos.