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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Pa(i)rafraseando
Foi-se mais um "Dia dos Pais". Fugindo ao meu estigma de clichê ambulante, venho agora escrever para ele. Porque não é fácil falar do meu pai.
No maior estilo Fábio Jr, ele foi "meu herói, meu bandido". Faz pouco mais de uma semana que eu o considero um grande bandido, mesmo tentando ser herói. Fez algo que me entristeceu/entristece muito ainda. E eu não sei o que fazer para mudar isso.
Tento cada dia mais entender o lado dele, mas é difícil demais porque ele não costuma entender o meu. Aliás, quase nunca. Vivemos nos atritando, um sempre chateado com o outro. E isso é um problema, porque ele sempre vai ser o meu pai. Nada do que eu fizer vai mudar essa situação. E é mais difícil ainda, porque fisicamente somos parecidos. Eu me olho no espelho e vejo os pedaços dele, as coisas que passou para mim.
Tem horas que tudo o que eu quero é dizer que ele está errado, que nem tudo é daquele jeito e as únicas certezas que temos são a morte e os impostos. Horas em que quero fazer valer a máxima "pegar minha mochila vermelha e sair". Mas minha mochila não é mais vermelha e eu ainda não tenho como ir embora. E quando for, quero que seja de um modo tranquilo.
O que eu mais queria nos dias dos pais ou não era ter uma relação melhor com ele. Sei que faz muitas coisas brutas porque gosta de mim e não quer que eu me machuque. Mas precisa mesmo me machucar para isso? Eu falei há algum tempo atrás, em outra situação e mantenho: "Se é a coisa certa, por que dói tanto?".
Ainda não sei. Sei que aquelas duas vezes me marcaram muito, que eu fui até você com o presente e tive a recusa. E ainda não superei isso. Talvez por isso não te dê mais "Feliz Dia dos Pais".
No maior estilo Fábio Jr, ele foi "meu herói, meu bandido". Faz pouco mais de uma semana que eu o considero um grande bandido, mesmo tentando ser herói. Fez algo que me entristeceu/entristece muito ainda. E eu não sei o que fazer para mudar isso.
Tento cada dia mais entender o lado dele, mas é difícil demais porque ele não costuma entender o meu. Aliás, quase nunca. Vivemos nos atritando, um sempre chateado com o outro. E isso é um problema, porque ele sempre vai ser o meu pai. Nada do que eu fizer vai mudar essa situação. E é mais difícil ainda, porque fisicamente somos parecidos. Eu me olho no espelho e vejo os pedaços dele, as coisas que passou para mim.
Tem horas que tudo o que eu quero é dizer que ele está errado, que nem tudo é daquele jeito e as únicas certezas que temos são a morte e os impostos. Horas em que quero fazer valer a máxima "pegar minha mochila vermelha e sair". Mas minha mochila não é mais vermelha e eu ainda não tenho como ir embora. E quando for, quero que seja de um modo tranquilo.
O que eu mais queria nos dias dos pais ou não era ter uma relação melhor com ele. Sei que faz muitas coisas brutas porque gosta de mim e não quer que eu me machuque. Mas precisa mesmo me machucar para isso? Eu falei há algum tempo atrás, em outra situação e mantenho: "Se é a coisa certa, por que dói tanto?".
Ainda não sei. Sei que aquelas duas vezes me marcaram muito, que eu fui até você com o presente e tive a recusa. E ainda não superei isso. Talvez por isso não te dê mais "Feliz Dia dos Pais".
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