terça-feira, 29 de abril de 2008

Minha terra tem buzinas, que não param de soar...

Descobri que amo São Paulo. E que é recíproco.
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Sou paulista de nascença
Mas paulistana de resto

Pizza é coisa séria
Muito recheio, sem miséria
Mortadela se come com a mão
E no meio do pão
O plural de pastel é 2,3
4 pastel


O barzinho, a cantina
O mercadão
O pátio do colégio
A Sé

A poluição
O trânsito
A distância
A imensidão

Etnia
Cultura
Miscigenação

Minha Paulicéia
Nossa Odisséia
Diária

Fonte de riqueza
Fonte de miséria
Diária

Terra de todos
Terra de ninguém
Vai e volta
Vai e vem

Buzina
Xinga
Pára
E fica
Parado
Até dar o horário
De tudo

De todos

Terra da garoa
e dos demônios dela

Terra de alagar
Até viela

Japão na Liberdade
Itália no Bixiga
Churrasco Grego na calçada
Resulta em dor de barriga

Megalópole
Tradição
Comospolita
Confusão

Lugar de paulisssta estressado
Vamo embora mais eu pra Sum Palo

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Tenho acordado meio lírica ultimamente, assumo.

Aos que não gostam, logo passa, prometo.

Aos que gostam, aproveitem, pois logo passa.

Não esqueçam os guarda-chuvas e sauna não emagrece.

(Falta de) Vontade

Dá vontade de chorar
Essa indiferença,
essa falta de carinho
Dá vontade de chorar

E dá vontade de ir embora
Nem fazer as malas
Simplesmente ir embora
E não voltar
Dá vontade de ir embora

Dá vontade de gritar
Berrar, xingar e bater
Quebrar, socar, chutar
Até alguém perceber
Que algo precisa mudar

Dá vontade de deitar
Deitar, mas não dormir
E se dormir não acordar
Porque dá vontade de morrer
Ver o mundo do jeito que está

Dá vontade de não ter vontade
De ser robotizado, sem reação
Dá vontade de não ser racional
Dá vontade de perder a noção,
A razão, o coração
E a vontade
Dá vontade...

terça-feira, 22 de abril de 2008

O que foi feito do meu feriado?
Hoje ele é apenas uma terça-feira cinza
De nariz congestionado
De gente ranzinza

domingo, 20 de abril de 2008

Revolta

Vamos lá, serei curta e grossa...

Eu não peço para ninguém comentar aqui, embora agradeça os comentários. Eles são muito bem-vindos. Seja criticando, seja elogiando.

Então, por favor, quem comentar tenha a coragem e até a audácia por assim dizer para deixar seu comentário.

Porque quando você deleta, eu fico curiosa. E não durmo. E sem dormir, eu não sou produtiva.


Está dado o recado.

Se agasalhem e passem protetor.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Converse

I don´t need any of your rules
I don´t care about your truths

I just care about my car
In a bar
Drinking some beers
Without fears

With your covered lies
Wearing some ties
And a nice suit
Saying just buy it

I won´t buy anything
I´m poor, you know what I mean
I´ve just got a all star
my torn pockets and a car

The lesson today:
I don´t believe in you, by the way
Make yourself your road
Run down all the toads

I´m looking at the window, and I see you
Asking yourself: "What will I do?"
You´re behind, accept this
Saying "I´m sorry" down on the knees

It´s acid, but is tasty
Let´s put a smile upon that face

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Estou cansada e estou doente... é possível que demore um pouco mais a voltar...

Mas voltarei.

Sigam pela sombra e comam seus vegetais.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Apelo

Em decorrência de toda má política da imprensa em relação a isso, de todo mau jeito da polícia em controlar, de toda a população incompreendida e revoltada, em um ato de puro apelo, eu peço: tirem as fotos de Isabela Nardoni de seus orkuts!

Já não basta o erotismo jornalístico, para não dizer pornografia como disse certo autor, já não basta ser o assunto mais badalado desde a morte de João Hélio? Lembram dele? Ele também morreu tragicamente, assim como os garotos violentados e mutilados na serra da Cantareira. Morreram, a imprensa alimentou o fogo dessas discussões e depois lançou um balde de água fria em cima de tudo.

E da adolescente de 13 anos que ficou paraplégica graças a uma bala perdida? Todos os programas supostamente noticiosos fomentaram, foi em tal emissora, tal programa, e agora? Qual é mesmo o nome dela?

E desse nome, quem lembra: Alana Ezequiel? Quem se lembra desse nome? O que aconteceu com ela? Aonde? Quando? Como? E o mais importante: por quê? O lead (ou lide) consiste em essas e outras perguntas, mas um ano depois, a notícia é velha, o jornal é para forrar caixa do gato e o mundo pouco liga.

A menina tornou-se a vítima do país, da mídia. De nós. E não só ela. Pessoas que foram acusadas sem provas, sem evidências, pessoas que já provadas inocentes são insultadas nas ruas com termos como "assassino". Seus próprios filhos temem sua companhia devido a lavagem cerebral feita em todos.

Isso é jornalismo? Isso é noticiar? Isso é informar? É para isso que eu pago e estudo? Essa é minha responsabilidade social?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sobre a alegria, a felicidade e a babaquice

A alegria das coisas bobas é a única alegria atingível. Porque não depende de uma fonte inesgotável de dinheiro, de um amor impossível, de uma vil segurança por parte da aprovação do resto do mundo. Ela é boba em sua essência, tornando-se cada vez mais palpável a ponto de ser considerada fundamental.

Um bolo de chocolate é uma alegria boba. Uma coisa tão simples, tão banal que pode trazer aquele sorriso amarelo um pouco mais de brilho, ainda que por poucos instantes.

Aquela música babaca, sim, aquela que você não tem coragem de ouvir perto dos amigos, mas que quando escuta escondido, ri sozinho feito um idiota. Ela é outra alegria boba/fundamental.

Comprar uma roupa, um eletrônico, um celular absurdamente caro que será divido em 24 parcelas com juros adicional de 47% também se encaixam no perfil das alegrias bobas.

Coisas idiotas que te fazem rir no meio do ônibus, como trocadilhos do tipo "Passando um Trotsky", "Eu tenho Djavan" e "Kant com Disney".

Coisas tão idiotas como essas, mas que de tão idiotas estão ao nosso alcance, é que nos fazem de fato, felizes.

Se cada um deixasse aflorar sua babaquice interior como deveria, não importando-se com etiquetas e rótulos, a felicidade extrema poderia ser palpável.

Anseio por tal felicidade. Enquanto não a atinjo, fico apenas com a alegria banal e tola de admitir: Eu sou BABACA!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Esse comboio de corda, que se chama o coração...

A nossa torrada ficou queimada
No formato da cabeça do Mickey
Tomamos aquele café forte
Rindo da piada tosca que você contou
Da gracinha boba que o cachorro fez
Sorrindo porque o sol está brilhando outra vez


No fundo, dá certo
Sempre dá
Nós damos um jeito
De ajeitar

Você meio Abbey road
Eu tão Sgt. Peppers
Você tão Stairway to heaven
Eu meio Who wants to live forever

Água e sal sem nada
Água e sal com requeijão
Requeijão com goiabada
Goiabada no meio do pão

Arroz em cima, feijão escondido
Arroz em baixo do caldo fervido
Salada sempre, fritura não
Arroz, batata, farofa, feijão

Chopp às vezes, cerveja ruleia
Meia porção, porção e meia

Meio sorriso, meia esfremida
Meio aperto, meio ferida

A gente ri, a gente chora
A gente briga, mas ignora
Cá estamos, desde então
Uma lhoba e um loirão
Eu demoro...

Mas eu volto!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Do medo à descoberta do fogo

A dúvida faz parte da essência do ser humano, assim como o medo. Ambos são fundamentais para o ser. Um simples exemplo é a clássica pergunta ao nos depararmos com um local alto: Se eu pular daqui, será que eu morro? Não, não é uma tendência homíicida (em alguns casos seja, mas não acredito que seja o seu, o meu, o nosso). É apenas a citada dúvida aliada ao medo.

O medo nos faz repensar sobre muitas coisas. Umas para o bem, outras para o mal. O medo de barata chega a ser patético, o medo de ficar sozinho, jamais. Aliás, esse medo é o mais constante no ser humano, e não o da morte como muitos podem pensar. O medo da mudança geralmente traz grandes obstáculos. Até porque o medo anda de mãos dadas com a dúvida.

Em outros termos, o medo provém da dúvida. De como vai ser, de quem vai estar lá, da sensação que dá ao... e assim por diante.

E por nos impelir em determinadas situações, o medo também é uma coisa boa. A gente tem medo de magoar os outros e tenta (nem sempre é possível) pensar antes de agir. Nos impede de saltar de edifícios por pura curiosidade, de experimentar coisa possívelmente nocivas ao nosso organismo, de fazer mudanças claramente estúpidas (tatuar o nome da namorada duas horas depois de tê-la pedido em namoro... ).

A dúvida, já por si só é uma coisa boa. Mas não em demasia. Se analisarmos cuidadosamente, nada em demasia é saudável.

A dúvida nos faz descobrir, pesquisar, querer saber, conhecer, procurar, aceitar e muitos outros verbos no infinitivo da primeira, segunda e terceira conjugação.

Sem a dúvida, não teríamos a curiosidade. Sem a curiosidade, não teríamos a evolução. Sem a evolução... não teríamos nada! Nem fogo, nem roda, nem computador e nem uma coluna ereta!

Mas quem ou o que nos fez/transformou providenciou isso. Tomou todas as medidas para que pudéssemos andar eretos, fazer rodas e descobrir o fogo, ser curiosos, medrosos e termos dúvidas.

Ainda bem.

Verborragia

Gira
A roda, a rosa, o torno em torno
Gira
Girassol, giramundo
Gira

Vira
Vira homem, vira bicho
Vira fera
Vira

Bira
Um sexteto e um gordo
Uma piada, um convidado
Bira

Mira
Minha cabeça, minha perna
Meu joelho na sua
Mira

Tira
Essa falta de imagem, essa malandragem
Essa drenagem cerebral
Tira

Prefira
O que não fere, o que não sangra
O que é altruísta
Prefira

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Souri

A saudade do tempo d´ouro
No delta, no ômicron, na praça
Quando o riso era o coro
De quem tudo achava graça

Saudade do abraço esmagador
Das imitações, das piadas
Do amigo consolador
Do irmão de vidas passadas

Saudade de quando a preocupação
Era menor que a diversão
E esquecida com risadas

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J'espère que ce retour instants. Et bientôt.

Um ano de viagem


Completamos um ano viajando de submarino amarelo, comendo muita paçoca e bebendo café ao som de Beatles.



Como disse meu prezado professor, escrevo melhor hoje do que escrevia há um ano atrás. Devo isso ao blog. E a todos que o acompanham.

Obrigada por todos os comentários, críticas e piadas que ajudaram a estar aqui, um ano depois, agradecendo tudo.

Fiz uma seleção dos melhores posts de cada mês (melhores na minha opinião, evidentemente), como uma retrospectiva, para acompanharem.

We hope you enjoy the show...

Abril/2007
Maio/2007
Junho/2007
Julho/2007
Agosto/2007
Setembro/2007
Outubro/2007
Novembro/2007
Dezembro/2007
Janeiro/2008
Fevereiro/2008
Março/2008

terça-feira, 1 de abril de 2008