sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pseudo-frescura

Só para fechar fevereiro com 16 postagens, que nem Dezembro e Janeiro...

O dia bônus- Parte II

Há uns meses atrás, mais precisamente em Dezembro, citei que em 2008 teríamos um dia extra, decorrente do acúmulo de horas que acontece anualmente, mas que se torna um dia no quarto ano. Ano Bissexto.
Logo, disse que é um dia bônus, um dia especial, um dia que serve para fazermos algo diferente, pois se fosse um dia comum, não aconteceria só de 4 em 4 anos, senão, seria o tão banal 1 de março.
E hoje, no meu suposto dia bônus, percebo que não há nada de diferente para ser feito. Vai passar como um dia normal.
Que pena...
Minha chance de redenção só em 2012...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

I´m so cool... I´m so smart... Who am I?

Cansei do seu lirismo exacerbado
Que tanto fala, mas nada diz
Cansei de seu juízo condensado
Tomando conta do meu nariz

Seu cinismo já foi mais aceito
E hoje não engulo mais
Você é só mais um sujeito
Que pouco pensa, mas fala demais

Seu pseudo-indie
Metido a intelectual
Quando não sabe, Finge
Conta os livros sem ler o final

Dane-se seu marxismo forçado
Mentido e fingindo Hegel
Eu sou muito mais o Machado
Muito mais Marília de Dirceu

Seus termos empolados me empolam
Suas frases feitas me amolam

Pare de tentar ser o que não é
De ser sabe-tudo, ser mané

Cansei de indie-Amelie-underground
Seu estilinho tá mais pro lounge

Você é só um caucasiano-elitizado-metido a informado
Fingindo não ser deformado
Por aqueles que informam
Com suas formas tortas
Com as suas lorotas
Formando legiões de idiotas
Baseando-se empiricamente
Na definição dos dementes

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Eu quero mais que um, mas que mil e mil e um...

O Beijo polêmico do ator James Corder em Daniel Radcliffe, na
entrega do prêmio Theatregoer's Choice Award de 2008, pela peça
Equus.

Ps: é a peça que o ator está nu, cuja imagem sempre aparece no
Google Imagens, independente do tema pesquisado.



The Oscar goes to...

... Elsa Villon...

- Owh... Thank you, I wasnt expecting!
Actually, I was... and I wanted it so much!
I want to thank the three people: Mom.. and Dad.. and Xuxa.

A festa que quase não saiu por causa da greve dos roteiristas, saiu.
O famoso pão e circo hollywoodiano passou sem clichês esse ano, na sua octagésima edição.
E talvez por isso, tenha tido menor audiência da história da premição... Claro, sem grandes bilheterias...

O promissor independente da ex-stripper Diablo Cody levou pelo menos um.
Onde os fracos não têm vez, levou quatro.
E o tão aclamado Sweeney Todd do bizarro Tio Tim, levou o de direção de arte... Merecia o de melhor ator, para o tão tchuco Johnny Depp... mas o ator de Sangue Negro mereceu... Afinal, ninguém lembra direito o nome dele.
A feiticeira de Nárnia/anjo Gabriel de Constantine levou de o melhor atriz coadjuvante... e um espanhol de Onde os fracos não tem vez, o de ator.
Era o Oscar das grávidas, com Nicole Kidman, Halle Berry, Jéssica Alba... uma infestação de gestantes...

Feliz por não ser aquela marmelada em que um só filme médio leva um porrilhada de Oscar...
Triste por JD não levar o de ator.

O humorista era sem-graça.
E que puta golpe baixo jogar Wii hein?

Esperemos até o próximo...

Promessas: Tropa de Elite...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Graças a Deus, nunca fui de assistir Big Brother

Eu preciso dizer agora o oposto do que eu disse antes. Chegar a assistir tal bizarrice mental, eu já cheguei. Mas tinha em torno de 12, 13 anos. Era uma coisa nova.

Mas, aprendi a discernir o que era bom do que não era. E Big Brother não era bom. Não era e não é.
E lamento dizer, mas nunca irá ser.

Ainda mais depois de tamanha declaração. Lindo alguém admitir em rede nacional que nunca foi de ler livros. Ainda mais quando há tanto estímulo à leitura, como bem disse Ignácio de Loyola Brandão no jornal Estado de S. Paulo, exatamente hoje.

E isso dá audiência. As pessoas entram mais uma vez de cabeça nessa febre insana. E não se libertam dela, não querem sair. Big Brother é o pão e circo da vez.

Não é possível respeitar como indivíduo pensante e levar a sério um ex-BB. Respeito como pessoa e só.

Já se foi o tempo em que Big Brother mostrava os azarões nordestinos que cativavam o público, os homossexuais cultos que faziam por merecer o prêmio, os peões que por serem simples, eram completos...

Tenho fé nessa utopia de que o Big Brother vai cair, assim como a trema.
E a idéia das idéias de que tudo parece meio incompleto agora, se completa.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Capítulo III

"Tento ser aquilo que não posso. Torno-me aquilo que não gosto". Essas palavras estavam grafadas de forma sutil no batente da porta principal daquele apartamento peculiar. Em latim, é claro. A informação conquistada de forma fácil, é pouco valorizada. Assim pensava a dita moça.

Por hora, só citamos qualidades. E por ser mortal, é portadora de defeitos também. E muitos. Dos graves. Teimosa, obcecada, obssessiva e carente. Muito carente. Embora seu orgulho em demasia impedisse que demonstrasse isso, era uma das pessoas mais carentes e inseguras de que se tem conhecimento em toda a história das histórias.

Essas razões atraiam e distanciavam as pessoas todos os dias. Muitos passaram por sua vida. Poucos realmente eram importantes. Apenas 3 de vital companhia. Duas amigas e um amigo. Os melhores de que se tem notícia.

Uma tinha longas mechas mel e com um olhar âmbar que impotencializava qualquer um que discordasse dela. Linda, inteligente, sarcástica e cruel se fosse necessário. Uma pessoa que superara vários traumas em sua amarga existência, mas de que disso, tirou lições e força extra. Foram esses momentos que uniram as duas.

A segunda, negra e mais linda do que uma deusa africana. Olhos amendoados e longas pernas torneadas. Sábia, divertida e meiga, impossível não encantar-se com sua doçura altamente ardida. Porque também era má quando precisava ser. Mas nunca o fora com a moça da boca rouge. Nunca o precisou ser.

O terceiro era o irmão de alma, que em outras vidas (caso elas realmente existam) estava sempre ao seu lado. Grande não só em porte, mas em nobreza, bondade e sabedoria. Seus cabelos eram ruivos como fogo e suas sardas eram a graça de um rosto tão grande. Sociável onde quer que fosse, bem-humorado e muito inteligente. Difícil era passar desapercebido. Sabia sempre quando qualquer uma das três estava triste. Ligava sempre no momento em que elas queriam falar com ele. Sempre sabia o que se passava, mesmo antes de qualquer coisa ser dita.

Assim formava-se o seu círculo de amizades. Algumas meigas, outras peculiares. Todas vitais. Vitais e que aliviam seus momentos mais difíceis.

Leia também: capítulo I e capítulo II.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Momento insano


-Legal! Quando crescer quero ter um limpador de língua e bochechas como você...

Utopia verde

A batalha pela preservação da Amazônia é uma das mais famosas e antigas. Mas que até agora apresentou resultados amenos diante sua imensidão e importância.

Não vou me estender demais no assunto.

Acredito sim que podemos salvar a Amazônia. E que a partir do momento que lutarmos por ela, ninguém mais levará a sério os livros didáticos americanos que mostram nossa Amazônia como deles.

Mais informações: Amazônia para sempre

Para a utopia não o ser mais.

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Sobre partes

Guardarei aquilo que me resta
Meio afago, meio moléstia
Do que um dia já foi alegria
Mas que agora não mais o seria

Guardei cada momento bom
Do que veio, do que é vão
De cada vão do que veio
De cada grão, cada devaneio

Deixo o resto para trás
Como se nunca tivesse sido parte
Porque o que se parte não se refaz
E o que se refaz vira estandarte

Dos que venceram
Dos que lutaram
Dos que viveram
Mas que choraram

Não quero mais partes
Do que é refeito ou partido
Não quero mais estandartes
Nem conselhos ao pé do ouvido

Quero uma fortaleza
De segurança e de sabedoria
Onde as duas serão defesa
E também minha alegria

Não mais campos de morango
Não mais terras de pimenta

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Menina

A menina chora
Por quê? Nem ela sabe
Ela sabe que quer chorar
Mas não sabe por que
Sabe que não vai passar

A menina é triste
Por quê? Nem ela sabe
Só sabe que mesmo com alegrias
Algo está errado e não consegue acertar

A menina sofre
Por quê? Disso ela sabe
Porque gosta demais dos outros
e pouco de si mesma

A menina é tola
tola e confusa
E busca auxílio na esperança em forma líquida
Tão clara e tão nítida
Que parece inofensiva

A menina se arrepende
E quer deixar de chorar, ser triste e sofrer
Mas principalmente quer deixar de ser tola
Para enfim aprender a gostar do que é

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Preços e valores

Quanto vale a virgindade?

A resposta é U$250,00, que é o preço do "anel de pureza"dado às filhas no Baile das virgens tristes...
Ou então, U$90,00, o preço da apostila para quem apóia o grupo religioso "Generations of light"...

Uma noite de conto de fadas... um baile... um vestido maravilhoso... rosas por toda parte... um anel caríssimo em seu dedo e seu pai indo apresentar-lhe à sociedade com um imenso sorriso no rosto...

Típica cena de um baile de debutantes certo? Não. A cena em si é de um baile, mas não de debutantes. É um baile de protestantes. E antes de ser retaliada por minha opinião quero deixar claro que não tenho preconceitos contra nenhuma religião, sendo protestante ou umbanda, budista ou neopagã, ou qualquer outra que seja. E nem contra a preservação da virgindade, pelo contrário, que fique evidente.

O que acontece é que os pais cristãos conservadores do Estados Unidos promovem esse baile, presenteiam suas filhas com vestidos e jóias caras para um simples objetivo: um juramento de castidade até o casamento. Isso mesmo. Jurar manter-se virgem até o dia do seu casamento. E assinar como testemunha em um documento, com a ciência de todas as pessoas presentes no evento.

Se essa é a vontade real das garotas, não posso afirmar com certeza. Segundo consta, é sim, pelo menos naquela hora. Uma pesquisa comprova que no prazo máximo de 3 anos, elas quebram o juramento.

Isso sem contar que ocorreu um aumento de dsts transmitidas pela prática do sexo oral e anal sem preservativo. "Se eu carregar o preservativo, estou premeditando a quebra do juramento, e isso é pecado. Se acontecer, aconteceu, não foi planejado e eu não tenho culpa". Essa é uma das justificativas.

Qual a mentalidade dessas garotas? Algumas são educadas em casa pelos pais, que com medo da sociedade, as escondem, embrulham e protegem, proibindo o contato com o mundo que as cerca. Talvez sim, seja de vontade própria que elas façam e cumpram o tal juramento. Mas quem não cumpriria, vivendo sob o medo de ser desaprovada pelo pai, por Deus como assim colocam, pela sociedade "de boa e honrosa índole"? Sendo educada para acreditar que a prática sexual antes do casamento seja desonrosa, suja, que estão sendo usadas?

Psicólogos e especialistas estudam o caso e afirmam que a coação da sexualidade de jovens adolescentes pode causar mais prejuízos do que benefícios. Dizer para não fazer instiga a querer fazer. E de fato a maior parte faz, sem proteção, conforme citado anteriormente.

O fato é que estamos regredindo. Ao invés de pregar que sexo deve ser feito com responsabilidade, amor e maturidade, esses pais usam a fé como um jeito de coagir suas filhas, o que demonstra enorme machismo. Usar a virgindade como parâmetro para pureza e honra? Em que século estamos?

Se é de sua vontade, antes de tudo, casar-se virgem, não há problemas. Mas se você é coagido, ainda que sutilmente, com "anéis de pureza" de pérolas e brilhantes a cumprir com isso, não posso deixar de acreditar que estamos regredindo.

A sexualidade tornou-se um enorme tabu, em pleno século XXI.
O machismo está voltando fantasiado de boa conduta.
E a mulher, torna-se mais do que nunca, um bibelô da sociedade.

Fonte das informações: Reportagem da revista Marie Claire/ fevereiro 2008.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Pagando de Cult

Porque está na moda falar que gosta de Chico Buarque. Mesmo que você não goste. Ou goste antes da moda. Mas tem seus prós... Antes Chico do que Tati-Quebra-Barraco...


Vai Passar
Francis Hime - Chico Buarque
Vai passar
Nessa avenida um samba
popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram
sambas imortais
Que aqui sangraram pelos
nossos pés
Que aqui sambaram
nossos ancestrais

Num tempo
Página infeliz da nossa
história
Passagem desbotada na
memória
Das nossas novas
gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão
distraída
Sem perceber que era
subtraída
Em tenebrosas
transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo
continente
Levavam pedras feito
penitentes
Erguendo estranhas
catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma
alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)

Palmas pra ala dos
barões famintos
O bloco dos napoleões
retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma
cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório
geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório
geral
Vai passar

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Válvula de Escape


No carnaval ninguém pensa... vá sambar e me dê licença...



Na minha festa da carne, ao invés de ir para algum lugar badalado, cheio de bêbados excitados e mulheres vestindo nada (ou quase), prefiro ficar em casa. E pensando nos 5 dias de folga que terei esse ano para não pensar (sim, ninguém pensa no carnaval, o que resulta em muitos acidentes de carro, muitas pessoas adquirindo DSTs e muitos nascimentos em torno de outubro e novembro), resolvi matar dois coelhos "com uma caixa d´água só" (piada interna, digite Secretária Eletrônica do Lula no Youtube). Divulgar meu blog revolucionário e não precisar pensar, como manda nosso folclore...

Cá está:

Os Dadás de vermelho


Leia ( se quiser, sempre!):

Literatura de Coquetel;

O legítimo Troca-Troca;

Epitáfio;

Indagações sobre o porquê não postamos;


Definições;