Leminski:
Com poemas ou bigode
Tudo phode
Vinícius, se não bebesse
Talvez jamais escrevesse
Ai de mim
Quando ouço Jobim
Pensado, mas não dito
Merecemos todas
Um shot de Chico
Poderia ter sido freira
Se não tivesse lido Bandeira
Na tarde que cai, só uma ideia voa:
Muito Fernando para pouca pessoa
Rima pobre me dá piripaque
Para acalmar: apenas Bilac
Grandes doses de realidade
Borrifadas por Carlos D. de Andrade
Nem mais um pio
Se não for do José Olympio
Amarrou a prosa e ninguém desata
Ficamos presos no papo do Ata
Mordedores de caneta Bic ou Retóricas de Fliperama
Para coisas assim é o Ogami que a gente chama
Para a Opus Dei: Fez-se o cilício
Para as donzelas: Fez-se o Fabrício
Choro em alguns - ou apenas casco
Eis o formato de Bruno Vasco
Noite quieta, lua calada
Só se ouviam as frases de Almada
Domesticaram a poesia animal
Fez-se assim o Poeta Chacal
Cecília
Não fosse poetisa
Era herança de família
Quando a elogia
Cora - a menina
Coralina
Clarice, grande amiga
Sentada comigo, entregue à bebida
Cargas, cargueiros e vagões
Me deixem no porto
Carregada de Camões
E no final da prosa
Perguntam ao Oswald:
- Conhece o Mário?
Obs: em negrito, meus poetas vivos favoritos - e amigos.