Leminski:
Com poemas ou bigode
Tudo phode
Vinícius, se não bebesse
Talvez jamais escrevesse
Ai de mim
Quando ouço Jobim
Pensado, mas não dito
Merecemos todas
Um shot de Chico
Poderia ter sido freira
Se não tivesse lido Bandeira
Na tarde que cai, só uma ideia voa:
Muito Fernando para pouca pessoa
Rima pobre me dá piripaque
Para acalmar: apenas Bilac
Grandes doses de realidade
Borrifadas por Carlos D. de Andrade
Nem mais um pio
Se não for do José Olympio
Amarrou a prosa e ninguém desata
Ficamos presos no papo do Ata
Mordedores de caneta Bic ou Retóricas de Fliperama
Para coisas assim é o Ogami que a gente chama
Para a Opus Dei: Fez-se o cilício
Para as donzelas: Fez-se o Fabrício
Choro em alguns - ou apenas casco
Eis o formato de Bruno Vasco
Noite quieta, lua calada
Só se ouviam as frases de Almada
Domesticaram a poesia animal
Fez-se assim o Poeta Chacal
Cecília
Não fosse poetisa
Era herança de família
Quando a elogia
Cora - a menina
Coralina
Clarice, grande amiga
Sentada comigo, entregue à bebida
Cargas, cargueiros e vagões
Me deixem no porto
Carregada de Camões
E no final da prosa
Perguntam ao Oswald:
- Conhece o Mário?
Obs: em negrito, meus poetas vivos favoritos - e amigos.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Coisas que já aprendi aos 22 anos
Não fugindo à tradição, segue um texto sobre as coisas que já aprendi aos 22 anos. Foram tantas que nem deu tempo de escrever o texto antes. E algumas ainda estão em fase de experimento.
Aprendi que posso passar um mês sem café. Foi um mês árduo, difícil, com crises de enxaqueca e humor. Mas consegui.
Aprendi que artigos eletrônicos não devem ser ligados e desligados, pois os componentes das placas sofrem uma deteriorização maior do que se ficasse ligados o tempo todo. Créditos a Guilherme Pucci por essa informação.
Aprendi que algumas coisas e pessoas simplesmente vão embora. Não adianta, se passa o tempo e elas se vão, é um sinal de que o lugar delas nunca foi aquele. Elas estão usurpando o espaço de outra pessoa e insistir nisso só traz sofrimento.
Aprendi que aqueles que voltam, não importa de onde, nem quando, são para ficar. Lá é o lugar deles. E eles podem não ocupá-lo fisicamente, mas sempre estarão lá.
Aprendi a usar parcialmente o Final Cut e tenho certeza: meu TCC não será em vídeo.
Aprendi a usar o Sound Forge e tenho quase certeza de que ainda vou trabalhar em rádio.
Aprendi que muito do que sou não vai mudar muito. Sou adaptável, mas não mutável. E não quero mais tentar. Aprendi que tentar deixar de ser quem somos só dá trabalho. E frustra, porque não tem como deixar de ser exatamento isso que a gente é. Mas o Leminski disse que vai nos levar além. E eu confio no Leminski.
O que eu ainda não aprendi é a parar de gostar das pessoas. Mesmo as que me magoam profundamente. Mesmo as que já não gostam de mim e até mesmo aquelas que nunca gostaram. Isso eu ainda não aprendi. Mas eu vou.
Vou aprender a não ser tão autêntica e transparente. Porque quando a gente é sincero demais, fica também vulnerável.
Eu vou aprender tudo isso e muito mais, antes mesmo dos 23 baterem assustadoramente à porta. Ou não.
Aprendi que posso passar um mês sem café. Foi um mês árduo, difícil, com crises de enxaqueca e humor. Mas consegui.
Aprendi que artigos eletrônicos não devem ser ligados e desligados, pois os componentes das placas sofrem uma deteriorização maior do que se ficasse ligados o tempo todo. Créditos a Guilherme Pucci por essa informação.
Aprendi que algumas coisas e pessoas simplesmente vão embora. Não adianta, se passa o tempo e elas se vão, é um sinal de que o lugar delas nunca foi aquele. Elas estão usurpando o espaço de outra pessoa e insistir nisso só traz sofrimento.
Aprendi que aqueles que voltam, não importa de onde, nem quando, são para ficar. Lá é o lugar deles. E eles podem não ocupá-lo fisicamente, mas sempre estarão lá.
Aprendi a usar parcialmente o Final Cut e tenho certeza: meu TCC não será em vídeo.
Aprendi a usar o Sound Forge e tenho quase certeza de que ainda vou trabalhar em rádio.
Aprendi que muito do que sou não vai mudar muito. Sou adaptável, mas não mutável. E não quero mais tentar. Aprendi que tentar deixar de ser quem somos só dá trabalho. E frustra, porque não tem como deixar de ser exatamento isso que a gente é. Mas o Leminski disse que vai nos levar além. E eu confio no Leminski.
O que eu ainda não aprendi é a parar de gostar das pessoas. Mesmo as que me magoam profundamente. Mesmo as que já não gostam de mim e até mesmo aquelas que nunca gostaram. Isso eu ainda não aprendi. Mas eu vou.
Vou aprender a não ser tão autêntica e transparente. Porque quando a gente é sincero demais, fica também vulnerável.
Eu vou aprender tudo isso e muito mais, antes mesmo dos 23 baterem assustadoramente à porta. Ou não.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Palato
Dias vão correndo
E as horas, por semanas, escorrem
O tempo foge aos dedos
O tempo foge aos medos
O tempo foge
Corre, velocista
Vai rápido, voando
As folhas do calendário vamos arrancando
O tempo urge
Toada do tempo é o vento
Que o acompanha em sua melodia
Que dançam sua valsa com alento
Firmando saudosa parceria
O tempo deixa
Deixa a deixa de um novo tempo
Que talvez tenha gosto de ameixa
E tem aquele quese queixa
Por não gostar do gosto do tempo
Mas tem que provar
E eu provo
Aprovo
E trovo
E as horas, por semanas, escorrem
O tempo foge aos dedos
O tempo foge aos medos
O tempo foge
Corre, velocista
Vai rápido, voando
As folhas do calendário vamos arrancando
O tempo urge
Toada do tempo é o vento
Que o acompanha em sua melodia
Que dançam sua valsa com alento
Firmando saudosa parceria
O tempo deixa
Deixa a deixa de um novo tempo
Que talvez tenha gosto de ameixa
E tem aquele quese queixa
Por não gostar do gosto do tempo
Mas tem que provar
E eu provo
Aprovo
E trovo
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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