Angústias que doem como dedos queimados na panela de água quente. A gente simplesmente não entende como aconteceu. Só sente.
Cabeça tão cheia desse mundo tão vazio. A gente não pede, apenas mede.
Olhos que se enchem e se esvaziam como se o fizessem com cada piscar. A gente não domina, só elimina.
Coração já pesado por fardos passados. A gente não bate, só rebate.
A coisa certa é às vezes tão incerta que dá merda.
A gente não escolhe, só acolhe.
Só recolhe.
sexta-feira, 25 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
O Jarro de Margarida
"Um espaço em uma longa mesa de madeira num cantinho perdido da Vila Madalena. Um dia cinza, com chuva e um gosto de sofá com pipoca.
Assim ela se foi. Assim a levaram. Aquele lugar que sempre tinha uma flor. Duas, com ela. E triste que um inseticida e post it agora ocupem o lugar dela.
Ela era a jarrinha de margaridas que nunca murchava na mesa, em meio a notebooks e papéis. A bagunça era até mais bonita.
Mas se foi e fica a sensação de perder uma irmã mais velha recém– conhecida. Mas eu sei que na frente a gente vai se encontrar e ela vai estar muito, muito melhor. E eu também. E vou dar um abraço com um saudoso sorriso de quem não tem intimidade, mas sente falta."
Para Fernanda Perez
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Bulimia
Ainda tem mágoa. Do seu cabelo, da sua voz e dos seus gostos. Uma bola cinzenta e rançosa localizada na boca do estômago que vez ou outra me obriga a vomitar tudo.
Vomito agora.
Vomito sua covardia, tão latente, mas ainda assim, disfarçada com olhares doces, palavras bonitas e um belo design. Mas ela está ai, ainda está presente.
Você surra o ego alheio para que o seu inche. Sabe que é covarde e tem medo que descubram isso. Essa face torta que você tanto maqueia.
O seu nariz adunco, que faz com que seu perfil seja tão horrível. Horrível como você foi comigo.
E eu não me condeno por ser dura, porque no fundo, você sabe que é verdade. Uma verdade que você mesmo apontou.
Num ato de extrema complexidade, você usou sua covardia para justificá-la. Realmente, eu não entendo.
Nem quero.
Só quero esquecer de tudo isso quando parar de vomitar tais palavras e limpar a boca. E a mente.
Vomito agora.
Vomito sua covardia, tão latente, mas ainda assim, disfarçada com olhares doces, palavras bonitas e um belo design. Mas ela está ai, ainda está presente.
Você surra o ego alheio para que o seu inche. Sabe que é covarde e tem medo que descubram isso. Essa face torta que você tanto maqueia.
O seu nariz adunco, que faz com que seu perfil seja tão horrível. Horrível como você foi comigo.
E eu não me condeno por ser dura, porque no fundo, você sabe que é verdade. Uma verdade que você mesmo apontou.
Num ato de extrema complexidade, você usou sua covardia para justificá-la. Realmente, eu não entendo.
Nem quero.
Só quero esquecer de tudo isso quando parar de vomitar tais palavras e limpar a boca. E a mente.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
CFA
Tem horas que simplesmente
Caio
Num buraco cavado por um
Fernando
Dentro de um coração fechado
Que ele jeitosamente
Abreu
Caio
Num buraco cavado por um
Fernando
Dentro de um coração fechado
Que ele jeitosamente
Abreu
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Arquitetado
Porque eu escuto Júpiter Maçã e me lembro de você.
Porque eu vejo bandas cult e me lembro de você.
Porque eu leio Bukowsky e me lembro de você.
Porque eu bebo tequila, rum, cerveja, Jack Daniel´s e absinto e me lembro de você.
Eu sempre me lembro de não esquecer de você. Acho que no fundo, você projetou isso.
Porque eu vejo bandas cult e me lembro de você.
Porque eu leio Bukowsky e me lembro de você.
Porque eu bebo tequila, rum, cerveja, Jack Daniel´s e absinto e me lembro de você.
Eu sempre me lembro de não esquecer de você. Acho que no fundo, você projetou isso.
Assinar:
Comentários (Atom)