Com algumas semanas de atraso, venho por meio deste texto informá-los, caros leitores, que este famigerado e falido blog completou quatro anos no dia 2 de abril.
Já é famosa tradição eu me esquecer disso e postar com atraso, sem preparar nada de especial. Mas tudo bem, afinal, eu funciono melhor no improviso.
Muita coisa aconteceu nesse meio tempo. Algumas me fortaleceram, outras não. E outras me ensinaram muito. Sei hoje que escrevo melhor do que há quatro anos e não tenho dúvidas de que estarei muito melhor daqui a mais quatro.
Nada, absolutamente nada disso seria possível sem vocês, leitores que passam e comentam, que elogiam, que criticam e lêem. Não há escritor/jornalista/poeta sem público. E vocês são meu caro público sem o qual eu não sou nada. Obrigada por tudo, a todos.
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E eis que no último dia 7 foi também dia do jornalista. Sem parabéns, por favor, mandem a minha parte em comida, dinheiro ou produtos Apple.
Entre queda de obrigatoriedade de diplomas, ex-BBBs consideradas jornalistas e uma crise no mercado da imprensa do jornal impresso, há quem não veja muita perspectiva dentro do setor.
Considerando as estatísticas, realmente não há.
As pessoas lêem cada vez menos o jornal impresso, a mídia tem se mostrado uma grande vilã em casos públicos e o jornalista deixa de ser o Superman. Com certeza, o Superman também deixaria de ser jornalista, no mundo atual.
Tablets rascunham um futuro em que todos deverão ser mais que jornalistas, mas produtores de conteúdo. O já "escravizado" profissional de comunicação toma funções de técnico em som, imagem, vídeo, internet. Se recicla, se renova. Ou dança. E dança tropeçando.
Em meio ao cenário caótico, todos pensam: "Para que ser jornalista?". Faculdades encerram cursos e alunos de jornalismo se indignam com o valor das mensalidades exacerbadas das boas instituições. O mundo está do avesso.
Vocês devem estar se perguntando: "E o que diabos você ainda faz em jornalismo?". Respondo fácil como montar um lead: eu amo essa droga. Cansa, estressa e faz mal, mas eu amo. Porque meu coração ainda dispara quando eu vou fazer uma entrevista, meus olhos ainda se enchem d´água com material publicado com "Elsa Villon" assinado (seja em áudio, vídeo, internet ou impresso). Porque eu amo conhecer gente, coisa, lugar.
Eu amo esse vadio safado que é o jornalismo. E é isso que me fez voltar depois de dois anos lutando para esse curso tão mal-quisto.
E é isso que vai me formar daqui um ano e meio. É amor. Safado, ordinário e malandro. Que me faz viver.
terça-feira, 19 de abril de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Domin(ação)
Angústias que doem como dedos queimados na panela de água quente. A gente simplesmente não entende como aconteceu. Só sente.
Cabeça tão cheia desse mundo tão vazio. A gente não pede, apenas mede.
Olhos que se enchem e se esvaziam como se o fizessem com cada piscar. A gente não domina, só elimina.
Coração já pesado por fardos passados. A gente não bate, só rebate.
A coisa certa é às vezes tão incerta que dá merda.
A gente não escolhe, só acolhe.
Só recolhe.
Cabeça tão cheia desse mundo tão vazio. A gente não pede, apenas mede.
Olhos que se enchem e se esvaziam como se o fizessem com cada piscar. A gente não domina, só elimina.
Coração já pesado por fardos passados. A gente não bate, só rebate.
A coisa certa é às vezes tão incerta que dá merda.
A gente não escolhe, só acolhe.
Só recolhe.
sexta-feira, 4 de março de 2011
O Jarro de Margarida
"Um espaço em uma longa mesa de madeira num cantinho perdido da Vila Madalena. Um dia cinza, com chuva e um gosto de sofá com pipoca.
Assim ela se foi. Assim a levaram. Aquele lugar que sempre tinha uma flor. Duas, com ela. E triste que um inseticida e post it agora ocupem o lugar dela.
Ela era a jarrinha de margaridas que nunca murchava na mesa, em meio a notebooks e papéis. A bagunça era até mais bonita.
Mas se foi e fica a sensação de perder uma irmã mais velha recém– conhecida. Mas eu sei que na frente a gente vai se encontrar e ela vai estar muito, muito melhor. E eu também. E vou dar um abraço com um saudoso sorriso de quem não tem intimidade, mas sente falta."
Para Fernanda Perez
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Bulimia
Ainda tem mágoa. Do seu cabelo, da sua voz e dos seus gostos. Uma bola cinzenta e rançosa localizada na boca do estômago que vez ou outra me obriga a vomitar tudo.
Vomito agora.
Vomito sua covardia, tão latente, mas ainda assim, disfarçada com olhares doces, palavras bonitas e um belo design. Mas ela está ai, ainda está presente.
Você surra o ego alheio para que o seu inche. Sabe que é covarde e tem medo que descubram isso. Essa face torta que você tanto maqueia.
O seu nariz adunco, que faz com que seu perfil seja tão horrível. Horrível como você foi comigo.
E eu não me condeno por ser dura, porque no fundo, você sabe que é verdade. Uma verdade que você mesmo apontou.
Num ato de extrema complexidade, você usou sua covardia para justificá-la. Realmente, eu não entendo.
Nem quero.
Só quero esquecer de tudo isso quando parar de vomitar tais palavras e limpar a boca. E a mente.
Vomito agora.
Vomito sua covardia, tão latente, mas ainda assim, disfarçada com olhares doces, palavras bonitas e um belo design. Mas ela está ai, ainda está presente.
Você surra o ego alheio para que o seu inche. Sabe que é covarde e tem medo que descubram isso. Essa face torta que você tanto maqueia.
O seu nariz adunco, que faz com que seu perfil seja tão horrível. Horrível como você foi comigo.
E eu não me condeno por ser dura, porque no fundo, você sabe que é verdade. Uma verdade que você mesmo apontou.
Num ato de extrema complexidade, você usou sua covardia para justificá-la. Realmente, eu não entendo.
Nem quero.
Só quero esquecer de tudo isso quando parar de vomitar tais palavras e limpar a boca. E a mente.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
CFA
Tem horas que simplesmente
Caio
Num buraco cavado por um
Fernando
Dentro de um coração fechado
Que ele jeitosamente
Abreu
Caio
Num buraco cavado por um
Fernando
Dentro de um coração fechado
Que ele jeitosamente
Abreu
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