Deve ser bom viver alheio aos sentimentos. Alheios.
Sem culpa, sem pena, sem nada.
Vazio e oco.
Alguns acham que isso é superar. E talvez seja mesmo. E eu as admiro por isso.
Porque não sei viver assim e não consigo conformar-me com coisas que me parecem tão imprecisas.
Gosto de porquês e sei que a maioria das coisas exige um porquê. Mas eu sei muito pouco da vida e ainda tem muito o que aprender.
Enquanto não aprendo, vou batendo e apanhando, sorrindo e chorando. Tentando decifrar.
Uma hora eu acho a resposta. Ou paro de me angustiar.
Porque tem coisa que é assim mesmo, sem razão.
Já outras, assim mesmo, 100 razões.
Arremeço a dúvida como um coquetel molotov, pronto para estourar.
Ou ele acerta o alvo, ou vai me queimar.
Um comentário:
Por falar em sentimentos, explosões e opiniões alheias. Associei o poema com essa tirinha aqui - http://farm3.static.flickr.com/2108/2163186631_03c2d42d8b_o.jpg
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