"Eu não sei a razão, mas sempre associo as palavras algodão doce com arco-íris." Gargalhou descendo as escadas e parou em frente ao banco de madeira daquele prédio tão familiar. A praça, sempre cheia, zunia enquanto ia à caça de um cachorro-quente.
Sete anos depois, outro hemisfério ficou com sua gargalhada e há muito não lembro nem de arco-íris, nem de algodão doce. O tempo, a distância e o frio endureceram as lembranças, textos, palavras e risos já empoeirados no escaninho do peito.
Ao ajeitar o livro Lolita na minha estante, lembrei da vez que teve alergia aos ácaros ao pegá-lo emprestado na biblioteca. E dessas miudezas todas, como após um ano e meio, achar um bilhete no caderno de francês.
Hoje, entre indas e vindas, eu lembrei de tudo isso para te desejar algodão doce e arco-íris. Trilhas livres, arborizadas, um cheiro constante de café e um percurso trilhado pelo Yann Tiersen. Se a Amélie Poulain pode, você também pode.
Feliz aniversário. A felicidade de uma criança que devora um algodão doce debaixo do arco-íris. Hoje e sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário