quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Algumas das coisas que já aprendi- Parte II

Como foi feito no Pós Crise Pré- 20, listo abaixo algumas das coisas que já aprendi com o acréscimo etário anual. Faz menos de um mês, mas já é possível sentir a diferença. Ainda que ínfima.

O mundo parece mais pesado, como se eu fosse Atlas com problemas nas rótulas (LAUREANO, Franco Paula- As verdades que digo; Ed. Contexto- 2009). E talvez eu seja. Talvez cada um de nós seja Atlas com alguma moléstia mortal. Alguma coisa que faça o mundo individual de cada um pesar um pouco mais. Que nos faça ser um pouco menos.

Aprendi que certas pessoas sempre vão te desapontar. E não importa quantas vezes isso ocorra, você sempre vai dar uma oportunidade para elas o fazerem. Basta apenas entender que é inevitável. Te magoar pertence à natureza delas e nada vai mudar isso.

Admito, aprendi que raiz não tem acento como eu achava que tinha e cheguei até os 21 anos acreditando que sim. Nenhum dos meus professores jamais me ensinou que estava errada. Obrigada Aline por me ensinar isso.

Descobri que ser engraçado abre muitas portas. Ser comunicativo ajuda em muitas coisas. Não ser tímida ajuda demais, principalmente nos momentos em que o pisca-alerta do "Fudeu" é acionado. Nunca fui tão grata pelos 2 malditos - digo incríveis- anos de teatro, que arrancaram todo o instinto "bicho do mato" da essência elsística.

Achei mais alguns irmãos perdidos por ai. Mas não daqueles sanguineos. Aqueles cuja afinidade é tão grande que eles sabem por e-mail quando estamos tristes, quando estamos contentes, quando não estamos nada. Aqueles de alma.

Aprendi que paciência é uma virtude da qual não dispunha, mas que aos poucos, vou ganhando. As pessoas são limitadas e eu preciso aceitar isso. Não posso me comparar aos outros, nem para melhor, nem para pior, pois cada um vive em seu mundo individual. Cada sujeito tem seus predicativos de acordo com a sua necessidade. Infelizmente, as de alguns são ínfimas e os impedem de desenvolver-se muito mais, deixando apenas ostras para trás.

Sei agora também que aquele clichê de que o mundo pesa menos quando a gente gosta de alguém é amargamente verdadeiro. Que os filmes da Meg Ryan são apenas filmes, que não dá para mandar nesse comboio de corda.

Vi que quanto mais longe e sacrificado o trabalho é, mais vontade de voltar para casa eu tenho. São Paulo é grande demais e eu, tão pequena. É um choque muito grande se ver sozinho, mas às vezes, é preciso.

Aprendi principalmente que tudo o que é sólido se dissolve no ar. Hoje é o limite, amanhã é a promessa e o ontem já se foi.

E eu por aqui fico, ainda não deixando o velho costume de matutar sobre cada acontecimento e pensando no que vai estar escrito no Pos Crise Pré-22.

2 comentários:

Anônimo disse...

è , quando vc escreve que é oinevitávelm as pessoas estãopredispostas a decepcionar-nos, eu concordo!Evluímos de formas e em tempos diferentes. Perdoar estas diferenças eu vejo como uma grande evoluçõa. E perdoar não significa tolerar, significa somente respeitar estas partucularidades, que constituem, cada um de nós. Se nos olharmos veremos alguns pontos não evoluídos. tenho medo de meu corpo não acompanhar minha juventude e alegrias pscológicas, de me tornar uma velha risonha e sempre alegre...e se eu parecer ridícula? Não consigo ser séria. Eta foi uma pequena olhada pro umbigo, mas se eu tivesse mais alguns minutos...

bjs, adoro seus textos

alineschons disse...

Caramba, Elsa... preciso visitar teu blog com mais frequência. :O Uma, pq você se parece tanto, mais tanto cmg, que até me assusto. Uma vez escrevi um texto muito parecido, até o título. Tudo numa fase em que as coisas estavam começando a fazer sentido, o real sentido... Raíz/Raiz, ela te trouxe forte e um acento não faz diferença em quem te tornou. Abs.