terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sem graça

Nasceu falante
E nem era alto ou auto
Tirando assim o teor humorístico

Morreu calado
Mudo
Desnudo dos seus mais belos verbetes

Queria o mundo
Conseguiu-o por alguns instantes
E perdeu tudo para todo o resto dos dias

E pensou naquele instante que teve o mundo
Que nada seria como era antes
E nada seria tão bom quanto aquilo

Calou para sempre
Arrastou suas correntes
E amarrou-as no pé do abismo que iria saltar

Saltou
Um pulo sem volta, sem razão
Sem causa
Sem emoção

Sobraram apenas as lembranças de quem o teve
As palavras que manteve
E a frase que cravou na rocha que lhe tirou o que sobrara de vida:

"Em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira e última vez que isso me acontece."

2 comentários:

Vinicius disse...

Tá na hora de atualizar né !! rs

Evandro Silva disse...

"sem graça" mas n sei pq, eu ri.
belo 'jogo' de palavras.