quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Coisas que já aprendi aos 24 anos

E tal como as crises pré-aniversário já citadas, eis que nesses quase seis anos, surgiram também as coisas que eu já aprendi nos dias que sucederam o dito acréscimo anual natal.

Em poucas semanas é possível enxergar muitas coisas que até então, nos eram insolúveis e indistinguíveis. E que do nada, se tornam claras e nítidas.

O que já aprendi com 24? Aprendi a aceitar críticas, porque eu falho muito e constantemente, e que se alguém tem o cuidado e zelo em me dizer no que posso melhorar, essa pessoa de fato se preocupa comigo.

Aprendi que quem muito adula, ou quer algo em troca, ou então está preparando o bote. Amaciando a carne para depois devorá-la. Sorrisos e abraços podem ser mais perigosos que discussões e silêncios.

Aprendi que é preciso muito tempo para criar relações estáveis e saudáveis, sejam de amor, sejam de amizade. Que os confetes e borboletas no estômago que tanto eclodem nos momentos em que surgem tais laços, passam. E que é quando o kissuco ferve, quando o caldo entorna, quando a cana desce - é ai que tudo isso é posto na linha de fogo.

Muita gente perde totalmente as referências quando isso ocorre. Aquelas pessoas que pareciam nunca sair da sua vida, saem. Ou pior, permanecem, mas com visões inversamente intensas às iniciais. Como lidar? Isso eu ainda não aprendi, mas quem sabe no próximo ano...

Aprendi que amar é um elo entre o azul e o amarelo, bem frisou Leminski. E que meu amor está verde e precisa amadurecer. Mas ele está aqui - ainda intenso, ainda firme, tal como Florentino Ariza esperando sua Firmina Daza.

O amor não pode ser transferido e nem medido, não dá para obrigar alguém a gostar de nós e tão pouco, proibir-nos de gostar de alguém. Nessas horas, é preciso ter culhões e parafrasear Jânio: "Fi-lo porque qui-lo". Sem esperar nada em troca e sem alimentar as diabas das expectativas.

Aprendi muito sobre edição de vídeo (agradeço a Marcio Yonamine por isso) e foto (agradeço a Sossô Parma), sobre políticas públicas em relação a cultura (obrigada Marcia Dutra) e que em  mar que tem tubarão tem cheiro de melancia (Juli Codognotto - obrigada por isso e todo o restante). E aprendi que você pode dizer as coisas mais duras do mundo de um jeito doce (Vinícius Máximo, é o mestre nisso).

Aprendi que Virado à Paulista depois das 22 horas pode causar problemas estomacais sérios (mesmo sendo o do Limoeiro).

Aprendi que o lado esquerdo do meu corpo é maior em relação ao direito, e por isso, mais fotogênico. Aprendi que o sentimento mais dolorido do mundo é a indiferença.

Das coisas aprendidas até agora, a maior é que quando um não quer, dois não fazem. E como diz Lady Jane: às vezes nem com os dois querendo. Dizem que o tempo cura tudo. Pois que passe e cure.
Saravá.



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