terça-feira, 15 de maio de 2007

O tolo e suas letras


Todo mundo se julga poeta. Acha que é filósofo de nascença e que isso torna seu texto mais impactante. Não apenas por poemas ou textos, mas também por números e figuras.
Tolice. Um texto é um texto, um número é um número e uma figura é uma figura.
A menina que sonha com o amor platônico e escreve versinhos manjados nas paredes do banheiro feminino da escola é uma tola.
O tímido que escreve cartas anônimas para a amada é um tolo.
Aquele idealista que sonha em mudar o mundo com suas fórmulas milaborantes, ainda que não líricas, é um tolo.
A avó que passa sua história para o caderno de receita é uma tola.
O contador que vive sob números e disso sobrevive é um tolo.
Mas o mais tolo de todos é o jornalista, que tudo isso coloca em revista, em jornal. O jornalista é o tolo dos tolos, com o intuito de viver para tolos formar e informar. Em alguns casos, deformar.
Acho que mais tolo que o jornalista, só o estudante. O estudante de jornalismo, que tanto lê, que tanto estuda e se empenha, com ávida paixão e persistência para se tornar mais tolo.
Um texto é um texto.
Um tolo é um tolo.
Um jornalista é um grande tolo.
E eu, sou a maior de todas as tolas.

2 comentários:

Diandra disse...

foi boa essa.

bem boa

Unknown disse...

=OOOO
Tola é uma palavra legal ^^
muito bacana, Elsa tola ^^
muito bom mesmo


(Binha)