terça-feira, 14 de outubro de 2008

Irrelevante

Pior que pessoas que rastejam
São os rastros das palavras
Das pessoas
Que rastejam

Não contentes por seus rastros
Exibem com audácia a petulância de tal percurso
Seja ele longo ou curto


O rastro de vergonha, de escárnia e vulgaridade
Que difama, que inflama, que fere a dignidade
Dos que se desatentam a percebê-lo
E ponderá-lo


Pessoas rastejantes são dignas de quê?
Pena as enobrecem
Nojo as evidenciam
Exaltação as envaidecem
Indiferença talvez...

Talvez não
Talvez não sejam dignas de nada
Pois não são nada
Nem maduras
Nem sensatas
Nem humanas

São rastejantes
Que deixam duras palavras em duros caminhos
E que tudo que merecem
É o seu rastro
Sozinhos

Só rastejem em sua insignificância
Em sua desimportância
Não dou sequer alguma relevância...

Um comentário:

Evandro Silva disse...

Nesse caso não sei o que dizer,
mas acho humilhante o sentimento de pena.