quarta-feira, 11 de março de 2009

Sem tato

Na angústia de uma tarde nublada, que chove, mas deixa nuvens amareladas no céu, fica o gostinho da solidão, do sono, da insegurança.

Um sensação esquisita, um aperto no estômago, como uma pontada. A cabeça latejando. Os dedos tremendo. O olhar falhando.

Aquela coisa esquisita, de saudade do que está perto, de vontade do que nunca teve, de alguém para comer cookie ou cachorro-quente do lado.

Alguém que não espere muito de você, que simplesmente te entenda e aceite como é: cinza, pragmática, simples e sincera.

E aceite seu ego, sua teimosia e insegurança. Porque tudo isso é vontade de se sentir necessária.

E no fundo, nem era só o ego. Nem era só insegurança. Nem era somente sincera.

Era pura. Como vodka russa, filtrada 124 vezes mais que as outras. Como tequila ouro ou prata.
Era só uma confusa, que queria colo e não sabia pedir.
Que queria ajudar, mas não sabia como.
Que queria se sentir da turma, mas não pagava lanches.

E nesta tarde chuvosa, cinza mas de nuvens amareladas, já esqueceu como se escreve e perdeu todo o seu tato com as palavras.

2 comentários:

Diandra disse...

ai que dor no coração.
Eu estava decidida a vir aqui e responder teu comentário maldosamente.. mas poxa.. ler isso quebrou minhas pernas.

dito isso, responderei seu comentário maldosamente!

ok. me controlarei.
Sua EMA BANANA DA PREULA!

ops, escapou.

estoy aqui querendo teeee ♪

Rosane Queiroz disse...

Oi elsa

que surpresa teu blog
eu nunca tinha entrado... embora voce vá sempre ao miojo

talvez nessa tarde cinza voce tenha reencontrado o seu tato com as palavras

beijo!