Meu aniversário está chegando. E pela primeira vez em quase 19 anos, não estou empolgada e não o vejo com um bom sinal.
A ilusão de 17 pra 18 é boa. A decepção dos 18 é triste.
Os meus 18 foram catástróficos em sua maior parte.
Eu colho o que ficou de bom e enterro o que foi ruim.
Uso de adubo para os meus 19.
Com o medo da primeira colheita na casa dos 20.
Tenho medo dos 19. Porque não é um número redondo. E eu gosto de números redondos.
E a próxima vez que voltar a ser número redondo, entrarei na casa dos 20.
Isso é horrível!!!
Me sinto velha…
Até notei novas rugas embaixo dos meus olhos. E me sinto mais gorda.
Como será que estarei aos Pré-20?
20 Anos!
Isso é o que mais me perturba! O fato de ter 18 essa semana e pensar que o ano que vem farei 20...
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Read the book, listen the music...

"O Teatro Mágico- Só para raros"...
Se você pensa que essa idéia é recente, que veio junto com a trupe que canta com nariz de palhaço, está muito enganado...
Essa é uma das partes que mais gosto em "O lobo da Estepe" (Hermann Hesse). O alemão já pensava nisso muito antes de nós sequer imaginarmos que poderia vir a ser o nome dos "fazedores de música" mais folclóricos dos últimos quatro anos.
Na verdade, no livro, a real sentença é: Só para loucos...
Está ai, dicona de leitura: Hermann Hesse...
sábado, 10 de novembro de 2007
7 meses em atividade!
Uma salva de Uhas, ie ie iês e letshi letshi aos que me visitaram, tão longe do chão, nesse meu submarino amarelo nesses 7 meses!
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
A que ponto chegamos?
Em contra-partida à uma entrevista publicada ontem (04/11- "Voz contra o preconceito) no jornal Estado de S. Paulo (Caderno Feminino), relatando as ações de uma militante e ex-prostituta que busca direitos trabalhistas para a categoria, venho de forma humilde e singela expressar meu ponto de vista.
Antes de ser criticada e rotulada como preconceituosa, quero destacar o seguinte: TODO e QUALQUER cidadão é igual diante a lei, independendo sua ocupação, é SER-HUMANO acima de tudo. Logo, o respeito deve ser igual, acima de tudo.
Acontece que Gabriela Silva Leite, 56, ex-prostituta e atual militante, luta para representar a Rede Brasileira de Prostitutas.
Agora junto ao Congresso Nacional, busca a regulamentação da profissão, com piso salarial, carga horária, assistência social, aposentadoria etc.
O fato é: a profissão ainda é ilegal, mas sobrevive há muito tempo (desde a Antiguidade, sendo uma das ocupações mais antigas do mundo). Me arrisco a dizer que só sobrevive porque há "mercado" de trabalho (diga-se de passagem, responsabilizo os homens em 85% por essa afirmação).
Que essas mulheres sofreram e que devem de fato, encontrar ajuda só nesse meio, não posso negar. Não condeno e nem julgo. Mas regulamentar uma situação dessa, com incentivo fiscal e mais impostos para o governo através da prostituição, já é um pouco demais.
Além de claro, se regulamentada, haverá uma demanda grande de mulheres que, sem mais alternativas, vão buscar a "segurança" nesse ramo, se regido pela lei como sugerem as representantes da Rede.
Hoje, com tantos meios para arrumar dinheiro sem essa opção, com tantas oportunidades a mais do que antigamente, apoiar uma luta dessas é um absurdo. E lucrar com o recolhimento de INSS e mais não sei quantos impostos cobrados aos trabalhadores registrados, se contarmos com a regulamentação da prostituição, é muito mais do que demais.
Que bonito o governo receber impostos sobre a prostituição! E chamam isso de inclusão social.
Por que ao invés de apoiar a regulamentação do ramo, não há a luta para a valorização das mulheres no mercado de trabalho especializado? Por que não atuar numa área que não precise de tanto sofrimento, vergonha e humilhação (como várias ex-prostitutas já relataram em diversos meios de comunicação)?
E há os que abominam a liberação da maconha. Se é para faturar com impostos, que seja com o comércio de plantas e não de gente.
Para a minha luz.
Era fria e macilenta. Apesar das feições delicadas, parecia sempre triste, zangada e infeliz. Sorriso amarelo, rosto cinzento, olhos de um azul opaco. Não havia brilho nem no olhar, nem no pensamento. A culpa não era dela. Sempre que via uma luz, agarrava-se a ela, segurava com toda a força que podia. Mas nunca houve luz o bastante que tirasse aquela sombra que a cobria. Tão magra, que nem suas antigas roupas de quando menor e mais leve pareciam servir. Nem Dostoyevsky, nem Nietzsche, nem Platão, Sófocles, nem Sócrates ou Heráclito a entendiam. Nem a fome, o sono ou a euforia pousavam sofre aquela face. Durante quase 4 longos meses, não sorria. Durante quase 9 meses, não dormia. Durante quase um ano, era completamente incompleta, infeliz e outros "ins" que só os condenados carregam.
Nem sempre fora triste, macilenta, zangada. Vivia em seu mundinho pequeno, com pessoas pequenas, sonhos menores ainda e apenas com desejos de criança. Montanhas de morango, sapatos que piscam quando andamos e muita purpurina. Pelo menos, era visivelmente feliz.
E as pessoas a deixaram, seu mundinho acabou e não sonhava mais, pois não dormia. E os desejos de criança cresceram, mas não amadureceram. Eram adolescentes mimados que se julgavam maduros e inteligentes o suficiente para dominar seus pensamentos, vontades e necessidades.
Parece ruim? Nem tanto. Acontece que por acaso do destino (ou não, simplesmente porque acasos não existem), surge uma luz. Uma luz maior que ela, que por ser tão clara, tão reluzente, não pode ficar ao lado de qualquer outra coisa ou ser. Ou a intimida, ou a ofusca. Por isso, era uma luz solitária.
E enquanto a magrela repleta de sombras, cinzenta de olhos frios e trajes largos buscava a luz, a luz de brilho imenso e olhos mais verdes que esmeraldas (sim, a luz é uma pessoa, quem diria!) procurava um pouquinho de sombra para tentar ser menos intensa... Luz demais cega. E os dois se trombaram. Sendo tão iguais, mas tão diferentes, podia a luz e a sombra ficarem distantes?
Não mais.
Não agora que um sabe a importância vital que ambos têm.
Nem sempre fora triste, macilenta, zangada. Vivia em seu mundinho pequeno, com pessoas pequenas, sonhos menores ainda e apenas com desejos de criança. Montanhas de morango, sapatos que piscam quando andamos e muita purpurina. Pelo menos, era visivelmente feliz.
E as pessoas a deixaram, seu mundinho acabou e não sonhava mais, pois não dormia. E os desejos de criança cresceram, mas não amadureceram. Eram adolescentes mimados que se julgavam maduros e inteligentes o suficiente para dominar seus pensamentos, vontades e necessidades.
Parece ruim? Nem tanto. Acontece que por acaso do destino (ou não, simplesmente porque acasos não existem), surge uma luz. Uma luz maior que ela, que por ser tão clara, tão reluzente, não pode ficar ao lado de qualquer outra coisa ou ser. Ou a intimida, ou a ofusca. Por isso, era uma luz solitária.
E enquanto a magrela repleta de sombras, cinzenta de olhos frios e trajes largos buscava a luz, a luz de brilho imenso e olhos mais verdes que esmeraldas (sim, a luz é uma pessoa, quem diria!) procurava um pouquinho de sombra para tentar ser menos intensa... Luz demais cega. E os dois se trombaram. Sendo tão iguais, mas tão diferentes, podia a luz e a sombra ficarem distantes?
Não mais.
Não agora que um sabe a importância vital que ambos têm.
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