Ele não trouxe meus crayons e pra falar a verdade, nunca acreditei nele. Papai Noel é coisa de quem bebeu conhaque demais e inventou uma justificativa para não dar nada de presente. Daí se aproveita da deixa do bom velhinho: Você não se comportou direito e por isso não ganha nada esse ano.
Eu não me comportei mal. Mas não me comportei muito bem. Tive meus ápices de bondade e de histeria. Mas sei que não dependo disso para ganhar presentes no dia 25/12 (ainda bem).
Sei que comi demais, como faço todo ano. Minha mãe fez a salada de batata que ela faz todo ano. Meu irmão trabalhou pelo terceiro ano consecutivo (merda de empresa). Minhas irmãs... bem, uma com o namorado, outra, com a tv, passaram o natal a sua maneira.
E eu passei. A salada de batata já acabou (para a minha tristeza), o chocotone está seco e o sorvete dentro dele virou líquido. O cupim assado está quase no fim. As esfihas, frutas, ponche e vinho já eram também.
E sobrou a louça enorme, de assadeiras, potes, pratos, talheres e mais tanta coisa que nem vou citar.
É, no final das contas, pouco importa se Papai Noel passou ou não. Tive um natal bom.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Pedido ao Gordo Velho Capitalista
Compreensão pueril sedativa fictícia

Já vi tantos tão mais tolos escreverem. E eles parecem que são lidos, ouvidos e compreendidos. E eu consigo carregar uma amargura interna em plena véspera de Natal. Ainda que não saiba do que ela decorre, sei que está presente e que não quer ir embora. Já mandei ir passear. Ela prefere continuar onde está, quietinha, só ouvindo o que não digo e vendo o que não faço. "Saia daqui, me deixe em paz". Isso ela não ouve né?
Ela só ouve o que quer. Só faz o que quer. É uma criança mimada que berra e esperneia quando não faço suas vontades. Ela chuta forte para seu tamanho e significância. Ela é teimosa demais para ser apenas imaginária. Talvez eu seja imaginária e ela, real. É tão difícil saber.
Sei que ela está aqui, lendo tudo isso comigo agora. Quem sabe até me ajudando a escrever. O sinônimo que eu não lembro ela sussurra, a palavra que eu esqueço, ela me lembra. Uma praga mortalmente dócil encrustrada em cada pedaço de mim.
Talvez esse quê de dramática seja parte da amargura pueril. Porque eu gosto de rir, sorrir e fazer os outros rirem. Mas como já foi citado, talvez ela seja a real e eu não exista. Ela é a suicida covarde tomadora de Lexotan que esquece o mundo para viver aqui, tão perto de mim e tão longe de tudo. E por mais que deseje, não vai embora.
Por quê? Por que insiste nesse equívoco de permanência insustentável? Eu sou a mais forte, sendo real ou não.
Só sei que quem é mais tolo, mais compreendido, ouvido ou seja lá o que, não entende o que passo, o que sofro, o que sinto. Porque talvez a amargura não exista e eu seja apenas uma louca com orações e sentenças.
Enfim nasceu
Para fechar o ano com um número bonito de postagens (estou em 97 sem contar esta, pretendo chegar aos 100), eis que vou descrever a experiência de passar 9 meses (uma gestação humana! se meu blog fosse meu filho, nasceria agora) mantendo um blog com pura falta do que falar, escrever e relatar. É revigorante, perturbadora e libertadora.
Revigorante porque nada me infla mais o ego do que saber que as pessoas podem até não comentar, mas elas passam pelo meu blog e acredito que lêem alguma coisa.
Perturbadora porque elas podem me achar uma maluca que não tem a mínima idéia do que está escrevendo, uma egocêntrica que criou um blog apenas para divulgar o quanto é fútil, o quanto anseia desesperadamente por atenção e o quanto será mal-sucedida em tudo que fizer.
Libertadora porque é o meu espaço. Agora já crescida, não posso riscar as paredes de casa (não podia quando criança, mas até que é concebível a idéia), não escrevo diários e nem cartas para as amigas (quer dizer, quase, algumas tiveram a honra/desprazer de recebê-las). Eu posto aqui. Estou de bem com o mundo (à lá Xuxa, mas tudo bem), crio um texto, um poema e posto. Estou de mal (melhor ainda como diria Mae Watson), venho e posto. Não tenho mais o que fazer, venho e posto.
E de alguma forma isso deu certo. E quem recomendou que eu criasse um blog (professor Paulo Ramos, não só a mim, mas a todos), estava certo. A fala: "Crie um blog. Tenha certeza de que em um ano você estará escrevendo melhor do que escreve agora. Pode ser sobre... ventiladores... `Eu gosto de escrever sobre ventiladores! - O ventilador gira, gira...´".
Ainda não faz um ano que escrevo. Todavia, a diferença é notável.
Meu filho nasceu. 9 meses carregando com muito afeto, e agora, ele nasce e está pronto para crescer e falar tantas besteiras (ou até as mesmas) que a mãe.
Nota: No mundo, há vários tipos de pessoas. Mas se destacam em dois grupos, os principais: os que entendem uma metáfora/piada/trocadilho/sarcasmo e os que não entendem esse tipo de coisa. A metáfora do texto é o termo filho. O blog é meu filho, pegou?
Revigorante porque nada me infla mais o ego do que saber que as pessoas podem até não comentar, mas elas passam pelo meu blog e acredito que lêem alguma coisa.
Perturbadora porque elas podem me achar uma maluca que não tem a mínima idéia do que está escrevendo, uma egocêntrica que criou um blog apenas para divulgar o quanto é fútil, o quanto anseia desesperadamente por atenção e o quanto será mal-sucedida em tudo que fizer.
Libertadora porque é o meu espaço. Agora já crescida, não posso riscar as paredes de casa (não podia quando criança, mas até que é concebível a idéia), não escrevo diários e nem cartas para as amigas (quer dizer, quase, algumas tiveram a honra/desprazer de recebê-las). Eu posto aqui. Estou de bem com o mundo (à lá Xuxa, mas tudo bem), crio um texto, um poema e posto. Estou de mal (melhor ainda como diria Mae Watson), venho e posto. Não tenho mais o que fazer, venho e posto.
E de alguma forma isso deu certo. E quem recomendou que eu criasse um blog (professor Paulo Ramos, não só a mim, mas a todos), estava certo. A fala: "Crie um blog. Tenha certeza de que em um ano você estará escrevendo melhor do que escreve agora. Pode ser sobre... ventiladores... `Eu gosto de escrever sobre ventiladores! - O ventilador gira, gira...´".
Ainda não faz um ano que escrevo. Todavia, a diferença é notável.
Meu filho nasceu. 9 meses carregando com muito afeto, e agora, ele nasce e está pronto para crescer e falar tantas besteiras (ou até as mesmas) que a mãe.
Nota: No mundo, há vários tipos de pessoas. Mas se destacam em dois grupos, os principais: os que entendem uma metáfora/piada/trocadilho/sarcasmo e os que não entendem esse tipo de coisa. A metáfora do texto é o termo filho. O blog é meu filho, pegou?
Compre Beatles!!!!!!!!

8 anos de pesquisa, entrevistas, informações e o trabalho que se assemelha ao de um ourives... Bob Spitz lança The Beatles- A biografia, uma obra que se deu ao luxo de informar o que os meninos não quiseram...
Entre a perseguição de Yoko por John, depois de ter levado a bota do Paul, as dsts que eles omitiram e muitas outras coisas, a obra aparenta (ainda não li pelo simples fato de não possuir os R$100,00 decorrentes do preço capitalista de tão cobiçado livro) estar completa, assemelhando-se a uma bíblia sobre os garotos de Liverpool.
Quem quiser me dar essa lembrancinha de Natal, será muito agraciado (a) pelos deuses da terra, fogo, água e ar... Amém...
Afinal, Natal está ai para isso mesmo...
Fonte de desejo: Submarino.
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