segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Enfim nasceu

Para fechar o ano com um número bonito de postagens (estou em 97 sem contar esta, pretendo chegar aos 100), eis que vou descrever a experiência de passar 9 meses (uma gestação humana! se meu blog fosse meu filho, nasceria agora) mantendo um blog com pura falta do que falar, escrever e relatar. É revigorante, perturbadora e libertadora.
Revigorante porque nada me infla mais o ego do que saber que as pessoas podem até não comentar, mas elas passam pelo meu blog e acredito que lêem alguma coisa.
Perturbadora porque elas podem me achar uma maluca que não tem a mínima idéia do que está escrevendo, uma egocêntrica que criou um blog apenas para divulgar o quanto é fútil, o quanto anseia desesperadamente por atenção e o quanto será mal-sucedida em tudo que fizer.
Libertadora porque é o meu espaço. Agora já crescida, não posso riscar as paredes de casa (não podia quando criança, mas até que é concebível a idéia), não escrevo diários e nem cartas para as amigas (quer dizer, quase, algumas tiveram a honra/desprazer de recebê-las). Eu posto aqui. Estou de bem com o mundo (à lá Xuxa, mas tudo bem), crio um texto, um poema e posto. Estou de mal (melhor ainda como diria Mae Watson), venho e posto. Não tenho mais o que fazer, venho e posto.
E de alguma forma isso deu certo. E quem recomendou que eu criasse um blog (professor Paulo Ramos, não só a mim, mas a todos), estava certo. A fala: "Crie um blog. Tenha certeza de que em um ano você estará escrevendo melhor do que escreve agora. Pode ser sobre... ventiladores... `Eu gosto de escrever sobre ventiladores! - O ventilador gira, gira...´".
Ainda não faz um ano que escrevo. Todavia, a diferença é notável.
Meu filho nasceu. 9 meses carregando com muito afeto, e agora, ele nasce e está pronto para crescer e falar tantas besteiras (ou até as mesmas) que a mãe.

Nota: No mundo, há vários tipos de pessoas. Mas se destacam em dois grupos, os principais: os que entendem uma metáfora/piada/trocadilho/sarcasmo e os que não entendem esse tipo de coisa. A metáfora do texto é o termo filho. O blog é meu filho, pegou?

2 comentários:

Unknown disse...

Também quero comprar a biografia dos Beatles. Se ganhar dois exemplares, lembre-se de mim. Parabéns pelo blog. Você escreve pra caramba. Julio Scarparo.

Elsa Villon disse...

Obrigada pelo elogio...

Se eu ganhar duas biografias (ainda acredito em milagres de Natal), sorteio uma aqui no blog.