terça-feira, 27 de julho de 2010

No querir

Tomé aquel viejo libro de capa negra. Tiene me ayudado mucho en los momentos dificiles.
El se empercinó en dejar que yo viera tu nombre.
No hoy, no quiero pensar.
Yo he prometido, jurado, no piensar em eso. Aquiel.
Y que no escribiria. Yo, la senhorita que se desnuda de palavras para decir lo que siente, ha hecho un voto de silencio.
Voto nulo ahora.

Hace frio aqui, caliente alli.
Echo mucho de menos.
Pero no debería.
Y quien lo sabe de hecho lo que se deve sentir?
Hasta ahora nadie de ha dicho la cosa que quiero oír.
Lo que quiero esta mas allá de las palabras.

Voy buscando una manera de no querer, buscando, pero em el final, solamente quiero mas y mas aflitamente qye dantes.
Recurro al libro de capa negra otra vez. Tiene sido un gran guia.
Otra vez, usted en el. Siempre estará.

Yo lo borraría, removería, pero no es posible. Como he dicho un poeta vivo que admiro mucho: eres talvez la persona que mas ame em toda mi vida.
Y yo completo: sin querir
Porque creame, yo no quiero. No es opcional. Es fora de si, de mi, de allá, del sol. Sin sol, sin sal.

Pediré al autor del libro que me responda. Que mostreme la pasaje que no he leído y que encerra esta historia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ode a teimosia

Na tolice irracional
vou fazendo tudo
que havia dito não fazer mais

Tudo isso na ânsia inútil
de ficar em paz e não querer sentir
novamente
o cheiro que impregnou a camiseta
e a fronha
do meu travesseiro
que dormem comigo
E que dormem sozinhas
mesmo quando não estou dormindo

Tento te deixar de lado
Deixo tudo amarrotado, finjo não me importar
Mas me importo
Por pura teimosia
Talvez até um certo masoquismo
Me magoa
Cada instante, momento e situação
Magoa e dói
Mas eu sou tão teimosa que insisto

Uma amnésia acidental
Seria proviencial
Uma overdose de cafeína
Alguma coisa que me desligue
Por algum tempo e não permita
Que eu me maltrate mais
Um fatídica dose de realidade

Que ela caia como um raio
Em cima da minha cabeça
Despenque dos céus
Me rache no meio
Que doa muito, como nunca antes
Para ver se eu aprendo de vez

Ou, como diria Leminski, até esse erro aprender que só o erro tem vez.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Marginal

O mundo passando pela janela do meu ônibus e eu olhando o banco.
Nele, pichações.
Meninas que se ofendem.
Rapazes que eternizam a amizade.
Malandros que também sabem amar.

Gabi, eu te amo.
Marli, me desculpe.
Larissa, seu sorriso ilumina esse ônibus mais do que qualquer lâmpada.

Erros grotestos que Pasquale não perdoaria. Pasquale não entende nada. Só gramática.

O mundo passando ao meu lado, em ônibus, metros, janelas e vidraças. E eu olhando os bancos, muros, viadutos e pichações.

Na Rebouças, um citou Leminski. Pichadores também são sensíveis.

"Haja hoje para tanto ontem."

terça-feira, 6 de julho de 2010

(N)Ever

Das velhas características mantem-se firme e teimosa. Há muito já não mais orgulho e nem egoísmo. Deixou para trás.

Teima numa felicidade que não vem. Teima numa felicidade que não vê. Abre as mãos para soltá-la, mas antes que caia e se quebre, corre tentando recuperá-la.

Pede força todos os dias, ergue a cabeça e anda como quem tem 120 quilos. Mas cai leve na cama, único refúgio de lágrimas que salpicam a fronha de margarida.

Pede desesperada. Pede chorando. Pede ajoelhada. Pede deitada. Pede como nunca pediu. Se agarra naquilo que pensa que é certo e remói a dor que lhe tira a razão. O sono. A fome. O riso.
Não mudou isso. Talvez nunca mude. Talvez é muito vago. Nunca é muito rude.

Não se contenta com o passado e o presente, quer o futuro. Sente esse aperto e não consegue desfazer o nó. Mais do que nunca se sente fraca.
Mais do que nunca, se sente presa.
Mais do que nunca.

Acredita naquilo que não pode ver, nem sentir, nem ouvir. Acredita profundamente.
Mais do que sempre.

domingo, 27 de junho de 2010

Salxicheiro

Hoje, mais do que nunca nesses 12 anos, senti falta do meu avô.

Há 12 anos era sábado, e depois de uma tarde inteira na igreja que frequentava, carregando tijolos para fechar a parede que faltava, ía para casa.

Virávamos a esquina quando um vizinho veio dar os pêsames ao meu pai e dizer que sentia muito. Nem havíamos entrado em casa e sabíamos: ele não estava mais lá. Ele se foi sem eu dizer que odiava o perfume que ele usava, mas gostava quando fazia a barba.

Ele se foi sem contar a última história das salsichinhas que moravam atrás do sofá, juntamente com o vidro de azeitonas que o diabético teimoso comia escondido. Ele se foi sem me dar tchau e me levar para pescar na represa como havia prometido.

Ele se foi. Nunca pediu desculpas por todas as grosserias que disse a meu respeito quando eu ainda estava envolta por líquido aminiótico. Quando o sócio dele foi me visitar e deu os parabéns pela neta de olhos azuis como o do pai e da vó que havia nascido.

Se foi e me deixou só com o adesivo do Corinthians que pedi, na esperança de sentar ao lado dele e ver os jogos. Mas minha avó me deu um copo do São Paulo e aos 5 anos de idade eu me tornara a decepção de 3 gerações de corintianos.

Mais do que nunca senti falta dele. Dos nossos passeios de jipe até longe e os picolés que comprava antes do almoço. Queria que estivesse aqui, dizendo que minha letra parece com a dele e vendo os filmes do Elvis comigo.

Me dando um balde de sorvete e dizendo que eu sou forte e iria aguentar tudo, mesmo sendo pequena e magrela. Mentindo docemente para aliviar as dores que um pai, na ânsia de amadurecer o filho, não consegue.

Avó é mãe com açúcar. Avô é pai com ketchup.
Faz 12 anos vô. Queria que me xingasse por torcer pela Argentina e chamasse o Messi de nanico narigudo.

Que esquecesse meus quase 22 anos e entregasse o Estadinho para eu ler, como sempre fazia. Que reclamasse do macarrão ruim da vó, da gelatina de morango e do chá de alpiste que tomava para a diabete baixar.

Sinto sua falta e derrubo lágrimas por você com 12 anos de atraso.