Faz 2 anos que o amo. Fiz besteiras por ele. Me endividei. Chorei. Perdi o sono. Perdi a fome.
Beirei o desespero.
Escrevi milhares de laudas para ele. Rimos juntos. Me senti acolhida. E depois de 8 meses, quando começávamos a fundamentar nossa relação, quando a paixão se mantinha, mas o amor se constituía, ele foi embora. Ou melhor, eu tive que deixá-lo.
Faz 1 ano que corro atrás dele. Ligo desesperada. E ao ser ignorada, apenas soluço silenciosamente o choro que virá. "Desista, parta para outra". "Você tem tempo demais, é jovem". Conselhos dados. Conselhos ignorados.
Não vou largá-lo. Não quero deixá-lo. Ignorar é tirar uma parte de mim. Mais do que do coração, da alma e da mente. É arrancar meus dedos sem tirá-los de minhas mãos.
É calar quando quero berrar. Ignorar, abandonar, esquecer, superar. Nada disso é suficiente. E nem plausível.
Eu o quero domado. Laçado e deitado. Na superfície branca, nítida. Quero preto no branco.
Letras garrafais. Fotos. Viagens. Textos. O quero de volta. Para sempre. Deitado, domado, nu e cru sobre as minhas exigências. Quero seu cheiro impregnado nas minhas mãos, e sua cor presente em cada pedaço da pele delas.
Quero suas curvas definitidas pela rigidez de muito esforço. Quero toda sua matéria. Quero todas as suas matérias. Quero vê-las, escrevê-las, sentí-las, vivê-las...
Ah jornalismo... como te quero de volta! Mas não parece recíproco...
2 comentários:
O jornalismo também te quer e precisa de você! Ele só está esperando a hora certa de se declarar.
Beijão.
Talvez a hora certa ainda esteja por vir...o jornalismo sempre tem espaço para quem o quer bem...
vc escreve muito, o jornalismo não pode te perder...
parabéns, seu blog continua ótimo =D
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