quarta-feira, 27 de junho de 2007

Aos leitores (assíduos ou não) do "movida a..."

Não é falta de assuntos, nem falta de tempo.
É falta de vontade, de inspiração e até de ideias que andam me bloqueando.
Assim que sair da batalha épica "Elsa x Elsa", eu volto para cá...

Até lá, deleitem-se com a tosquice que começou no chuveiro e terminou na cama (pensaram besteiras né?):

Soneto do não-poeta

Não, não sou poeta
Nem poeta hei de ser
Ser poeta é ser profeta
Predizer o amanhecer

Não, não sou poeta
Nem poeta hei de virar

Ser poeta acarreta
O sofrimento de amar

O poeta finge a dor
O porte fingidor
O poeta finge o amor

Não, não sou poeta e não-poeta hei de ser
Pois o poeta vive amor
E se esquece de viver.



3 comentários:

Evandro disse...

Pode-se ser poeta
Poeta, pode ser
O profeta,
Que não prediz o amanhecer

O amor é relativo
Se sofremos por sofrer
Deixe-se ser poeta
Deixe o sofrimento escrever

E de fingimento
Encenação
Dores, amores, peça teatral

Esquecemos a vida
Vivemos instantes de amor
Ainda que sejam, fingimento

Elsa Villon disse...

Deixe-se ser poeta
Deixe o sofrimento escrever


Pois é... o sofrimento escreve por nós
Porque na angústia de aliviar a dor
Aumentamos o amor

Evandro disse...

Aumentamos o amor
E um mundo de oportunidades
Experiências
Emoções
Nasce e florece
Em meio ao vazio...