terça-feira, 14 de abril de 2009

Sonhos de uma manhã de outono

"O problema não é o trabalho. O programa é ter que trabalhar."

A frase irrefutável proveniente do personagem de um dos maiores sucessos mexicanos no Brasil cabe bem agora.

Passando pela lotérica, no caminho da labuta, o pincel atômico vermelho utilizado anuncia que o prêmio da Mega Sena acumula R$ 17 milhões para o próximo sorteio. Um atrativo e tanto para abrir os olhos nessa manhã fria e chata de terça-feira.

É tanto dinheiro que eu nem consigo imaginar o que faria primeiro. Lógico, a primeira coisa seria desamaiar. Perder o ar. Depois pensaria em tudo o que iria fazer. E iria buscar o prêmio, evidentemente.

Mas acho que dentro todos os sonhos que um prêmio de Mega Sena pode oferecer, o maior deles é deixar de trabalhar. Pelo menos por obrigação. Trabalhar realmente seria um enorme prazer, uma vez que você o faria porque quer, não porque precisa.

Não seria radical a ponto de dizer que jamais trabalharia novamente. Pelo contrário. Acho que trabalharia bastante. Mas por ideologias, idéias, ideais. Não por dinheiro. O trabalho não-remunerado também é um trabalho.

Trabalharia pelo mundo inteiro, viajando, conhecendo, desvendando, aprendendo. Mais ainda se não precisasse me preocupar em como bancar tudo isso. E digo ainda que não teria mais férias, porque mesmo descansando, se algo me surgisse como oportunidade de trabalho, sairia da hidromassagem correndo para ir atrás.

É...

Muita imaginação para uma manhã cinza e chata de terça-feira. Como se fosse plausível... Mas não é. Ainda não.

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