sexta-feira, 16 de maio de 2008

O joio do trigo

E há quem diga que nós devemos aprender com tudo que acontece. Não só conosco. Mas com todos. O tempo todo. No mundo inteiro.

Há pessoas que simplesmente passam por nossa vida, sem rastros, pegadas. Sem marcas. Elas passaram e nada deixaram. Melhor assim.

E há outras em quem confiamos, entregamo-nos em plena amizade, amor, lealdade, fidelidade. E elas passam. Não sem deixar rastros. Deixam-os. E profundamente. Difícil de serem despercebidos. E apagados. São como a gosma repulsiva do caminho percorrido por uma lesma. É quase impossível não lembrar que ela passou por ali. Só nos esquecemos quando já está limpo. E só fica limpo, quando o fazemos. Mas e a coragem, para não dizer estômago para limpar?

Por fim, há as pessoas que ficam. Para sempre. Mesmo que ele sempre acabe. Elas estão lá, do seu lado, mesmo que não veja. Elas sempre estão com você. Sim, é um clichê. Mas é legítimo. Elas nunca sairão do seu lado. Porque lá é o lugar delas. Assim como você nunca sairá do lado delas. Seu lugar é aquele.

E embora nesses meus quase 19 anos e 6 meses eu possa arriscar a seguinte afirmação: "eu sei distinguir quem ou não vai permanecer do meu lado", não o farei. Sinto que logo em breve essa frase vai me perseguir porque mais uma vez julguei errado e me iludi quanto as pessoas. Mesmo já tendo errado desse jeito. Mesmo sabendo que todo dia, todo mundo, no mundo inteiro, erra desse jeito.

Contento apenas em saber peneirar um pouco melhor o que é joio e o que é trigo. Mas pode ser que eu não tenha peneirado direito.
O que é fato: água e óleo não se misturam. Ainda que a peneira falhe, a natureza não o fará.

Alguma coisa eu aprendi afinal...

Um comentário:

Cíntia Alves disse...

esta sexta-feira foi estranha.

de qualquer forma, estou frequentando as aulas de peneira.

faz bem para a pele, elimina o stress e futuros problemas cardiovasculares.
=)