segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Caneca....

Recebi da caneca mais adorável o mundo o e-mail com o seguinte texto de Martha Medeiros. Em itálico, a minha versão.

Quem sou eu?

Quem sou eu?? Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir.

A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Você não está fazendo nada agora? Eu idem. Vamos listar quem a gente é: você daí e eu daqui.

Eu sou outono, disparado. E ligeiramente primavera. Estações transitórias.

Sou inverno. Denso, frio, nostálgico. Daquele que aprisiona a alegria numa caneca de chocolate quente.

Sou Woody Allen. Sou Lenny Kravitz. Sou Marilia Gabriela. Sou Nelson Motta. Sou Nick Hornby. Sou Ivan Lessa. Sou Saramago.

Eu também sou Woody Allen. E Beatles, mais Ringo do que todos. Sou Eric Clapton, mas também Pattie Boyd. Sou Sílvio Santos e Elza Soares, sou Garrincha e Vinícius de Morais. Sou Djavan e sou Racionais. Sou Mario de Andrade e também Cora Coralina.

Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole.

Sou batata frita com ketchup picante. E um copo enorme de Coca-Gelada. Não sou ilha, mas sou deserta. Sou megalópole recém-descoberta.

Sou bala azedinha. Sou coca-cola. Sou salada caprese. Sou camarão à baiana. Sou filé com fritas. Sou morango com sorvete de creme. Sou linguado com molho de limão. Sou cachorro-quente só com mostarda e queijo ralado. Do churrasco, sou o pão com alho.

Sou pimenta do reino no feijão. Sou o miolo e a casca do pão. Sou yakissoba sem camarão. Sou hot dog de frango, empada de palmito, Tortilhas argentinas e salada russa. Sou o sal, o limão e a tequila. Do churrasco, sou a vinagrete.


Sou livros. Discos. Dicionários. Sou guias de viagem. Revistas. Sou mapas. Sou Internet. Já fui muito tevê, hoje só um pouco GNT. Rádio. Rock. Lounge. Cinema. Cinema. Cinema. Teatro.

Sou livros. Muitos. Enormes. Velhos com traças. Novos cheirando a papel recém-feito. Sou fotos. Em pb. Sou internet sem fio, porque assim não há limitação. Não sou tv, é só imitação. Rádio, cd, mp3, vinil ou caixa de fósforo: sou música. Sou cinema e a pipoca com manteiga. Do teatro, sou a coxia.

Sou azul. Sou colorada. Sou cabelo liso. Sou jeans. Sou balaio de saldos. Sou ventilador de teto. Sou avião. Sou jeep. Sou bicicleta. Sou à pé.

Sou verde-oliva, mas também sou azul e prata. Sou cabelo levemente ondulado, com franja completando o penteado. Sou jeans e all star. Velho e sujo. Sou cabo USB. Sou pára-quedas. E asa-delta. Sou monociclo. Sou patins.

Você está fazendo sua lista? Tô esperando.

Sou tapetes e panos. Sou abajur. Sou banho tinindo. Hidratantes. Não sou musculação, mas finjo que sou três vezes por semana. Sou mar. Não sou areia. Sou Londres. Rio. Porto Alegre.

Sou fronha e pantufa. Sou banho do despertar. Hidratantes com propriedades amolientes e esfoliantes. Não sou musculação, nem yoga. Sou tai chi. Sou lagoa. Não sou rio/Rio. Sou Londres, sempre. Sou Machu Pichu, até depois de sempre. Sou P. Alegre. Para sempre.

Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais flor que fruta, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais champanhe que caipirinha. Sou esmalte fraquinho. Sou cara lavada. Sou Gisele. Sou delírio. Sou eu mesma.

Sou mais poltrona do que mesa, mais madrugada do que anoitecer, mais fruta que flor, mais apimentado do que salgado ou doce, mais música do que qualquer outra coisa, mais sushi que lasanha, mais cerveja que vodka. Sou rímel ultra alongador. Mas só quando saio. Sou Angelina. Mas ainda sim, sou ainda eu mesma, e mais do que isso, sempre serei.