sexta-feira, 19 de setembro de 2008

The show must go on...

Há dias em que acordo e penso:

- Nossa! Que dia perfeito!

É um dos maiores clichês de filmes, mas eu vivo esse clichê. Acordo, faço tudo cantando. Vou ouvindo meu mp4 no ônibus com uma vontade de sorrir enorme. Faço piadas mentalmente e acabo rindo sozinha delas.

Como citado no outro blog que escrevo, dias de "ovos de ouro/de dinossauros". Dias onde tudo, até a mais estressante preocupação, evaporam. Good hair day, good skin day, good every part of your body day. Dias perfeitos...

E no meio nessa euforia por causa do sol, da chuva, do dia... surge a felicidade melancólica. Porque aquele(s) momento (s) é (são) tão bom (ns) que talvez nunca mais volte(m). Talvez esse seja o ápice da felicidade e seja único. Nada pode ser tão bom quanto aquilo.
É uma paranóia antecipada, mas é real. E constante.
O maior desejo é outro clichê: que aquilo seja eterno, que dure para sempre, que seja pausado ali e nunca mais mude.

Pena que a vida não é um filme. Pena que não dá para colocar um final alternativo. Pena que não dá para ver o making off da nossa vida, ou as cenas extras. E mais do que isso, o elenco. Se pudéssemos prever quem vai aparecer e/ou quem vai embora das nossas vidas, tudo seria diferente. Tudo seria um filme. E arrisco-me a dizer, um filme clichê...

A vida não é um filme, é uma peça de teatro sem ensaio e com apresentação única. Se esquecer a fala, improvise. Se levar um tombo, levante e finja que nada aconteceu. Continue.
Por isso eu gosto mais de cinema... e de dias perfeitos/clichês.

Um comentário:

Thata disse...

Cada dia é único, seja ele de felicidade, tristeza, raiva ou o que for. Em vez de ficar pensando se, e quando, ele vai acontecer de novo, devia-se aproveitar cada momento. Mas eu sei como é essa paranóia de que você fala, porque eu mesma passo, culpa dessa ansiedade costurada em mim.

Ainda assim acho que a vida não devia ser um filme não. Eu gosto dessa coisa de não saber o que vai acontecer. E se eu tivesse controle sob todos os aspectos, pessoas, cenários e sentidos, seria tudo muito chato.

De nada pelas indicações, desculpe não ter reparado no seu selo de "meu blog não tem selo". Vamos fazer assim então: aceite o selo e guarde no fundo do seu coraçãozinho, mas deixe o seu blog sem ele. Eu prometo que não conto pra ninguém, assim ninguém sai prejudicado, combinado? ;)

E esse problema do sotaque, eu tenho a mesma coisa. O problema é acharem que eu tô tirando sarro da cara deles. Mas não é, é uma coisa que vem de dentro mesmo. Acho que é a admiração por alguns sotaques e a ânsia de querer ter um também.
Ou seja, inveja, hehe.





Beijão :*