segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre a semana de produção de poesia...

Caros, mal posso expressar minha imensa gratidão pelo empenho em me auxiliar em tão produtiva semana!

Muito obrigada a todos.


Vai funcionar assim:

Postarei (ou ao menos tentarei) pelo menos uma vez por dia uma poesia. Vocês podem mandar as de vocês via comentário. No final da semana, escolherei as 7 melhores e postarei aqui com seus respectivos nomes e endereços de blogs, numa campanha de publicidade quentíssima [/sarcasmo].

Conto com vocês...

Eis a primeira:

*Nota sobre esse poema: leia-o inteiro e depois só leia as partes em negrito. A intenção é a de ser uma mensagem com máscara.

Sobre os falsos... cognatos



Odeio os falsos
Cognatos
Desprezo-os
São tão maldosos
Os falsos
cognatos

Somos iludidos
E enganados
Acreditamos cegamente
Nos falsos
cognatos

Zombam do nosso juízo
Desprezam nossa inocência
São tão cruéis
Esses falsos
Cognatos

Mas com a experiência
Vem junto a sabedoria
E quem antes não sabia
Sabe agora
Os falsos
Cognatos
Já vem com seu esquema
Semi-pronto

E na dúvida
Se é ou não um falso
cognato
Há sempre o dicionário
A consultar
O professor, para perguntar
Ou até mesmo o nosso julgamento

Porque quem cai nas garras de um falso
Cognato
Tem medo de tudo que é parecido

Um comentário:

Evandro Silva disse...

Entendi, interessantíssimo esse poema, gramática falsa e pessoas com gramática falsa... muito bom.


Mal do Mundo
Tudo começa ali naquela sala trancada.
Lá dentro o sofrimento. A respiração ofegante. Gritos de dor. Sangue, sangue.
O metal rasga a carne. Suja de vermelho as mãos dos sádicos homens mascarados, eles dizem que esse ritual precede um momento mágico.
Eis então que – da luz – surge à criatura: calada e ensangüentada.
Um dos homens mascarados agride a criatura – que começa a berrar –, olha para um outro homem de máscara que está espantado com tudo que viu, sorri e diz:
"Parabéns papai, é um lindo menino!".